tentei responder ao seu comentário, no mesmo local onde o colocou, mas como não consegui, pois dava sempre a mesma mensagem: “O seu HTML não pode ser aceite: Must be at most 4,096 characters”, porque me alongo sempre nos comentários, aqui vai:
Sim, as minhas férias foram mesmo como descrevi. Aliás aquele texto foi mesmo escrito enquanto lá estive e pude usufruir de tudo o que a vila nos oferece. Se pudesse voltava para lá outra vez, lol.
Espero que as suas também tenham sido, ou estejam a ser (se for caso disso) boas.
E não tem nada que me agradecer. Tem um talento nato com as palavras; ao lê-lo parece que tudo lhe saiu assim sem muito esforço. Eu pelo contrário, só consigo escrever algum verso de jeito, quando estou mais inspirada. Eu necessito de inspiração, o João parece que já nasceu inspirado.
Foi um sucesso a sua participação no blog da Susana, e deu uma lição a muita gente. Não era e continua a não ser, o prémio que está em causa, mas o simples facto de participar; o facto de divulgar uma vila que tão poucos conhecem. Eu própria, ainda ando a descobri-la...
Às vezes olhamos as coisas e nada vimos. É preciso aprender a olhar, é preciso deixarmo-nos levar pelas histórias dos sábios filhos daquela terra. Histórias passadas de geração em geração, e que seria uma pena não serem transmitidas a nossos filhos.
Às vezes é preciso conhecer a aldeia, com quem ali nasceu e cresceu. Acho que só assim se poderá conhecer a “alma” de Salvaterra, que tanto tem para nos contar, para nos mostrar. Coisas que por vezes passamos e nem sequer vemos ou reparamos, mas que estão lá, e que resistiram até aos dias de hoje.
O amigo João acredita que desde menina vou àquela terra, e só este Verão “descobri” o antigo cemitério romano? O que de fora só tem paredes em pedra, com as janelas tapadas também com pedras e um portão? Por fora nada parece, e quem olhe através do portão só vê enormes silvas secas. Mas quando se é mais arrojado como eu fui desta vez, descobre-se a História.
Ao olhar para a simples guita que mantinha o portão fechado, não resisti a desatá-la e a entrar. Como ia com minha mãe nem tive tempo de olhar tudo como deve ser, porque ela, supersticiosa, nem queria que eu lá entrasse. Ia perturbar os mortos, dizia ela. Mas onde há História, lá estou eu, nem que seja num cemitério, lol.
E só tive tempo de ver o enorme túmulo, todo construído em granito, com as pedras enormes, mas tão direitinhas e tão bem cortadas. E dou comigo a pensar: como será que os romanos conseguiam cortar tão bem a rocha? O túmulo estava assente no que minha mãe do portão me dizia ser um altar (sim, porque ela nem se atreveu a entrar...). E quando se olha para cima,vê-se um arco também em pedra, mas este já meio destruído.
Nem tive tempo para tirar uma foto do interior, pois minha mãe já dizia ser um sacrilégio ter entrado ali, quanto mais tirar fotografias. E que só a filha dela tem estas ideias, e blá, blá, blá... Acabei por lhe fazer a vontade e vim-me embora, mas com o pensamento de um dia lá voltar sem ela, lol...
Quanto à foto que utilizou para completar o texto sobre o bodo, claro que não levo a mal. Tirei imensas na Páscoa. Tinha até na ideia fazer um “slide show” com as mesmas, para postar no blog, mas não tive tempo; tal como as fotos que tirei agora nas férias... O tempo não chega para tudo...
Por isso esteja descansado que não levei a mal. Aliás, quem poderá levar a mal é uma tia minha que aparece naquela foto, e não sabe que eu a coloquei na net, lol... Mas também está de óculos escuros, por isso ninguém a deve conhecer, lol... Como o João disse: “foi por uma boa causa”, lol.
Fico então a aguardar que a Susana poste o texto sobre o Bodo de Salvaterra. Aliás, um facto que não mencionei no blog, mas que aconteceu na passada Páscoa, foi o lançamento do livro “A festa de N. Sra. Da Consolação”, do Sr cónego Bonifácio Bernardo.
Tive a honra de estar presente e ouvir o que ele disse. Um homem muito simples, também ele filho daquela terra, que acabou por ter o imenso trabalho de pesquisar e reunir documentos, para escrever também ele a História do bodo de Salvaterra. E ainda bem que há quem se dedique a pesquisar, a divulgar, e principalmente a deixar como herança para os nossos filhos, um pouco da História daquela vila.
Fique bem, amigo João!
Boas férias, bom descanso e boas escritas.
Até sempre!
Cristina