quarta-feira, 15 de junho de 2011

O festival que fez eco...

Se há festival que tenha feito “eco”, este foi sem dúvida um deles, pois foi um autêntico sucesso.
Enquanto as cegonhas, no seu ninho, treinavam as asas, muitos jovens as admiravam cá de baixo.
Este fim-de-semana foi como que se Salvaterra tivesse renascido, no meio de tanta juventude.
No Sábado à noite juntaram-se em volta do palco, muitas mais pessoas que por altura da Páscoa. Foi uma verdadeira enchente de portugueses, espanhóis e até alguns ingleses. E quem ganhou com toda esta iniciativa, foi Salvaterra, pois muitos deles manifestaram vontade de regressar a esta vila que afinal tem tanto por descobrir, e gentes tão hospitaleiras com quem partilhar experiências e trocar conhecimentos.
É de louvar todo o esforço da organização da Quercus e da Velha Gaiteira, pois correu tudo muito bem.
É de louvar todos os voluntários, que por amor a uma causa tão bonita e necessária se dedicam a estudar e a recuperar os animais selvagens do Parque do Tejo Internacional; falo do CERAS, que na sua tenda montada junto à igreja, nos deu a conhecer como é importante o seu trabalho, e que animais têm ajudado, desde 1999, a recuperar. Animais como o grifo, a cegonha negra, a águia de Bonelli, a águia cobreira, as lontras, o abutre do Egipto, certas espécies de mochos, etc…
E estão, também, de parabéns, todos os jovens que aqui afluíram, pois respeitaram as regras da organização, os habitantes da vila, e principalmente a natureza e o ambiente. Não sujaram as ruas e não provocaram desacatos. Cada um até tinha a sua caneca para matar a sede de água, sumo, chá ou cerveja.
Eles foram os primeiros a dar o exemplo de como é importante preservar o meio ambiente, e não fazer lixo desnecessário.
Em tudo participavam muito animados e sedentos de tudo conhecer. Salvaterra apenas habituada a músicas de baile, conheceu este fim-de-semana outros instrumentos musicais, que produziam sons novos e estranhos, para os ouvidos “desta terra”.
Muitos grupos musicais cujo objectivo principal era fazer com que a “música portuguesa gostasse dela própria”…
Grupos que indo às raízes da música tradicional, lhes aplicaram novas sonoridades, o que faz com que interpretem e reinventem a música tradicional portuguesa.
E assim, Salvaterra “calou” o canto das muitas espécies de aves e ouviu com atenção os concertos dados no palco pôr-do-Sol, no palco Terra e até dentro da Igreja Matriz.
Foram muitos os workshops temáticos, nas áreas do ambiente, a demonstração de slides ou cinema documental. Foi um autêntico apelo para “salvar a terra”…
Penso que nunca Salvaterra foi tão fotografada, filmada e falada, como este fim-de-semana.
Só tive pena que minha câmara de filmar resolvesse avariar, e para grande desgosto meu, não me deixou filmar a grande aventura que tive, com a qual sonhava desde menina… Mas isso, é outra história, que em breve revelarei…


sábado, 4 de junho de 2011

"Salva a terra"...



No próximo fim-de-semana, Salvaterra irá ganhar vida, com a realização de um eco-festival organizado pela Quercus de Castelo Branco e pela Velha Gaiteira e com o apoio da Câmara Municipal de Idanha-a-Nova e da Junta de Freguesia de Salvaterra do Extremo.
Deixo-vos aqui os pormenores do que irá acontecer:


SALVA A TERRA: Eco-Festival de Música



Data: 9 a 12 de Junho de 2011

Local: Salvaterra do Extremo (Idanha-a-Nova)


Missão: angariar fundos que permitam que os voluntários do CERAS- Centro de Estudos e Recuperação de Animais Selvagens de Castelo Branco continuem a desenvolver o seu trabalho com a eficácia e eficiência que lhes é reconhecida, e através da aquisição de mais e melhores meios para recuperar um número crescente de animais selvagens que chegam até nós a necessitar de cuidados médico-veterinários e recuperação adequada.

Actividades previstas:

Concertos:
Velha Gaiteira,
Pé na Terra,
Uxu kalhus,
Sebastião Antunes,
Charanga,
Ninho,
Frankie Chavez,
Didgenbass,
Xícara,
Sabão Macaco.

Dj's:
DJ Rosmanix
DJ Zeek & Trasgo
DJ António Pire - DJ Raquel Bulha (Dj batle)

Percursos pedestres:
Património construído de Salvaterra do Extremo,
Rota dos abutres,
Geologia,
Rota do contrabando

Workshops ambientais:
Charcos com vida
Construção de marionetas (reutilização de materiais)
Fotografia de natureza
Biopesticidas, insecticidas e adubos caseiros
Fotografia Macro

Workshops para crianças:
Hortas em caixotes de fruta
Comedouros para aves
Construção de casas-ninho para insectos benéficos
Construção de marionetas (reutilização de materiais)

Workshops de Música/dança:
Danças tradicionais
Didgirido (construção e toque)
Adufes

Conferências:
Condomínio da Terra- Paulo Magalhães
Significado: a música portuguesa se gostasse dela própria- Tiago Pereira

Outras Actividades:
Passeios de bicicleta e de burro
Jogos Tradicionais
Contadores de Histórias
Banhos no rio

E como em tudo, também aqui haverá regras:
Os cães são bem-vindos mas devem andar sempre pela trela e com açaime se necessário;
Não é permitido fazer fogo em nenhum local do festival;
Se perder ou encontrar algo, procure ou entregue nos perdidos e achados;
Os dias são muito quentes, por isso traga: chapéu, protector solar e beba muita água durante o dia.

Aqui fica um horário de toda a programação:


Para mais informações e inscrições, consultem o site:
https://www.facebook.com/mobileprotection#!/Salva.a.Terra?sk=info


Apareçam vocês também, e venham conhecer esta secular vila, com tantos encantos e recantos por descobrir…