tag:blogger.com,1999:blog-79139682685072499952024-03-13T17:31:20.973+01:00*♥* Uma aldeia perdida por entre montes *♥*Cristinahttp://www.blogger.com/profile/08320075404496060862noreply@blogger.comBlogger66125tag:blogger.com,1999:blog-7913968268507249995.post-60551511226074757912012-03-24T12:20:00.000+01:002012-03-26T14:43:19.588+02:00Uma mãe muito chata...<div align="justify">Todos nos lembramos, com certeza, da primeira viagem que fizemos sozinhos.<br />Eu lembro-me perfeitamente. Devia ter para aí uns 11 anos, quando meus pais se lembraram de me enviar para uma colónia de férias.<br />E lá fui eu, contrariada, de autocarro, do Barreiro até Almoçageme, com uma data de miúdos que não conhecia de lado algum.<br />Mas lá acabei por fazer algumas amigas, e até me diverti.<br />O pior foi o regresso a casa. Ninguém conseguiu explicar porquê, ou como aconteceu, mas meteram-me no autocarro errado, e em vez de voltar para o Barreiro, fui parar a outra localidade distante. Só sei que fiquei uma eternidade à espera que minha mãe me fosse buscar. Lembro-me tão bem dessa angústia; passou-me tudo pela cabeça: que nunca mais iria voltar para casa, que meus pais já não me queriam mais, etc... Até me ocorreu que talvez fosse adoptada, e queriam ver-se livres de mim, lol…<br />Lembro-me perfeitamente de alguém estar a meu lado a dizer para não chorar, que não demoravam a chegar, mas qual quê… Quando se é criança, só ver para crer…<br />Esta foi a terrível experiência que tive quando viajei sózinha, pela primeira vez. No Verão seguinte, nem se atreveram a repetir a inscrição…<br />Quando se é criança e nos tiram a segurança a que estamos habituados e nos “lançam” ao Mundo sozinhos, pode ser uma experiência inesquecível, pela positiva, ou pela negativa…<br />E hoje foi a vez de meu filho. Terminadas as aulas, e na impossibilidade de eu o acompanhar, resolvemos em “Conselho Familiar”, que a criança com 12 anos, já tem idade suficiente para viajar sozinha. Assim, com uma semana de antecedência, comprei-lhe pela net o bilhete para a sua primeira aventura. Consegui-lhe um lugar mesmo à frente, ao pé do motorista.<br />Levei-o até Sete Rios, e aí procurámos o autocarro que o levaria até Castelo Branco, onde os avós o aguardariam à hora prevista.<br />Claro que as recomendações todas começaram logo na véspera, em casa: não aceites nada de comer ou beber de ninguém, não te ponhas a jogar no telemóvel, para não ficares sem bateria durante a viagem, não saias no Fratel, não saias na primeira paragem que fizerem em Castelo Branco. Só sais no Terminal, e só sais do autocarro quando vires o avô ou a avó, etc, etc…<br />Sinceramente não sei qual de nós estava mais nervoso por ele ir fazer esta viagem sozinho.<br />Ficou todo contente quando soube que ia Sábado para Salvaterra, mas quando soube que, desta vez, iria sozinho e de autocarro, o “homem” corajoso que sempre dizia ser, transformou-se num homem com dores de barriga e incertezas.<br />Quem o incentivou a ir, foi o sapinho verde, com o qual dorme há uns anos:<br />- Não tens de ter medo, Tiago. – “dizia-lhe” o sapo - Tua mãe nunca te meteria nisto se não fosse seguro. Basta entrares no autocarro, e no destino estarão teus avós à espera; não custa nada. Anda! Vamos os dois que eu também quero andar de autocarro pela primeira vez…<br />E foi assim que o “sapo” conseguiu arrancar-lhe uns sorrisos, para logo depois ser enfiado na mochila, bem lá no fundo. Ah, pois é! Pensavas que ias à janela, não era sapo? Não vês que o Tiago já é grande para ser visto com peluches?<br />Chegados à estação em Lisboa, foi procurar a pista de onde partiria o autocarro. Como também eu nunca tinha estado ali, andámos um pouco desorientados, e o meu único receio era metê-lo no autocarro errado, como me acontecera a mim.<br />Assim que o 33A chegou, foi ver as pessoas a juntarem-se para ver quem entrava primeiro. Não sei para que foi aquilo, se cada bilhete tem um lugar reservado…<br />Então reparei no papel colado no vidro: “33A – Braga”.<br />Braga? Braga é muito mais para cima e do lado oposto. Mas que raio fazia ali escrito “Braga”? Se eu tinha tirado bilhete Lisboa-Guarda?<br />Mostrei, então o bilhete que tinha ao motorista, o qual confirmou que era o autocarro certo. Eu desconfiada perguntei:<br />- Mas porque é que no vidro diz Braga? Devia dizer Guarda…<br />Ele explicou, no meio de tanto barulho, que aquele autocarro iria até Castelo Branco e daí seguiria para Braga.<br />- Mas não era isso que dizia na net, quando tirei o bilhete. – insistia eu, cada vez mais desconfiada.<br />- Sr. motorista, tem a certeza que este bilhete é para este autocarro?<br />E como vi que ele estava prestes a perder a paciência, expliquei-lhe que era a primeira vez que estava ali, e que meu filho iria viajar sozinho.<br />Talvez por ver a minha preocupação, lá acalmou, e voltou a confirmar que era aquele o autocarro certo.<br />Mesmo assim, quando ele virou costas, perguntei a um senhor, que também estava para subir, se ia mesmo parar em Castelo Branco. É que mãe prevenida, vale por duas…<br />Quando o motorista começou a recolher os bilhetes, lá levou comigo outra vez. Enquanto cortava o bilhete, para dar uma parte à criança, aproveitei e disse-lhe:<br />- Oh, Sr motorista, queria pedir-lhe um favor…<br />Ele olhou para mim, meio desconfiado, como que a pensar: “mas que será, que esta quer agora…”<br />Então puxei de um papel que já levava escrito, onde lhe pedia que só deixasse sair a criança, no Terminal de Castelo Branco, e que só o deixasse ir com o avô, ou com a avó, cujos nomes mencionava no papel.<br />Ao ler o meu pedido, mudou completamente e respondeu:<br />- Olhe, só faço, porque a criança tem o mesmo apelido que eu…<br />Aí, desatámos a rir pela coincidência, e eu ainda lhe disse: “tá a ver, tá a zelar pela família”, lol…<br />Antes de entrar para o autocarro meu filho diz-me:<br />- Vá, mãe! Adeus! – e dá-me um beijo apressado.<br />- Vá, mãe, adeus??? Mas que raio de despedida Tiago. Dá cá um abraço e toma lá uma data de beijos.<br />“Não sei porquê”, entrou para o autocarro quase a correr…<br />Ainda deu tempo para apontar a matrícula e enviar um sms a meus pais, com a descrição do autocarro branco e cinzento. Só não tirei uma foto ao mesmo, porque parecia mal, lol…<br />Enquanto o motorista foi cumprimentar um colega, ainda entrei no autocarro e disse:<br />- Tiago? Não te esqueças que não podes sair no Fratel. Só no Terminal de Castelo Branco, e levas aí umas sandes, vê se comes…<br />Saí, logo apressada…<br />Quando finalmente o motorista entra e fecha a porta, era ver a mãe com o coração em sobressalto, tentando fazer uma cara despreocupada, dizendo adeus e mandando beijos ao seu rebento. Este, por sua vez, afundava-se no banco, e esboçava uns gestos de adeus muito rápidos, talvez para que ninguém percebesse que aquela era a sua mãe…</div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><img style="margin: 0px auto 10px; width: 320px; height: 155px; text-align: center; display: block; cursor: pointer;" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5724153894704751106" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgfGgoykwmQa3kqdXnvglaM6APbmwENsjdDfIyrVA7zVVvP2h1M8lu8zYXH_Oy-vjp-_wqIseErW60qtxHtbPiI-fsCnyoKNYxb2eqvYXL2IYifpXQHF5Web7qdOXG6iLv5rrWqEzLgHEAC/s320/etiq+Tiago.jpg" />Cristinahttp://www.blogger.com/profile/08320075404496060862noreply@blogger.com11tag:blogger.com,1999:blog-7913968268507249995.post-45749924597719609442012-01-22T10:44:00.001+01:002012-01-23T16:57:31.404+01:00Vai um abraço????<div><div align="justify">Este fim-de-semana, após descermos do autocarro em Fátima, fomos recebidos por um grupo de jovens com cartazes a anunciar que se davam abraços.<br />Quando alguém nos dá alguma coisa, ainda por cima alguém que não conhecemos de lado algum, já nos dá motivos para suspeitarmos, mas quando esse mesmo alguém nos oferece abraços, ficamos mesmo com um pé atrás.<br />No entanto, quando pensamos que estamos em Fátima, solo sagrado, e olhamos para a pessoa, um completo estranho, que nos recebe de braços abertos e um sorriso largo e bonito, não conseguimos seguir indiferentes e retribuímos o gesto com surpresa mas muito agrado.<br />E de repente somos contagiados com uma imensa alegria, num abraço nada esquivo. Um abraço tão apertado e demorado que parece que são aqueles jovens que estão tão necessitados de um abraço, mas não, pelo contrário, descobrimos que somos nós.<br />Eu é que precisava daquele abraço. Mesmo vindo de um estranho, que importa? Só sei que me soube tão bem. Por momentos esqueci o nó na garganta e o coração apertado que levava, e senti-me grata por me ter sido oferecido um gesto tão bonito.<br />Como é que um gesto tão simples, se pôde tornar tão grandioso, e fazer a diferença no meu dia? Talvez, por hoje em dia um abraço ser coisa “desusada”. As pessoas já mal se tocam, e expressar as suas emoções em público, menos ainda. O ser humano está a tornar-se cada vez mais num robô: um boneco andante, sem emoções, cada vez mais individualista e egoísta.<br />Há sentimentos aos quais já ninguém dá valor, e gestos que já poucos ousam fazer. Cada vez detesto mais o mundo em que vivo…<br />Talvez por isso, estes abraços não me saíram mais da cabeça durante o resto do fim-de-semana. Parecia que levava colados a mim os braços que me abraçaram. Parecia que levava comigo um pouco da felicidade com que me receberam. E assim, o meu dia tornou-se bem mais bonito. E eu só pensava: que pena que as pessoas não saiam pelo Mundo inteiro a distribuir abraços.<br />Há por aí tanta gente sedenta de um simples gesto como este, principalmente: mendigos, crianças abandonadas, pessoas doentes, jovens rebeldes, etc…<br />A mim soube-me bem e adorei a iniciativa. Tanto adorei que perguntei a alguns se podia tirar uma foto, pois nunca tinha assistido a um gesto tão bonito.<br />Agora digam-me lá vocês: conseguiriam resistir a este pedido, com estes sorrisos, e os braços esticados na vossa direcção a perguntar: "vai um abracinho?"</div><div align="justify"> </div><img style="margin: 0px auto 10px; width: 320px; height: 240px; text-align: center; display: block; cursor: pointer;" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5700764212601921938" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEigKQ9jOG92DCHbSdbKVk2cE6vE52gV7WW8hyphenhyphenNPlKSi64hvWJPCJNHKiqADpG75gGy49sRKZQQaBiZNhWvRGU-oUGm8ixj5napMCp-xxPDzc9uvpLGYtH-3Jn_p-_0aR4Cj5USko3IDRRkM/s320/ab.JPG" /><br />Por incrível que pareça, houve pessoas que passaram ao lado indiferentes, mas esses, talvez sejam demasiado orgulhosos para admitir que também precisam de um abraço… Coitados dos pobres de espírito; ainda assim, será também deles o reino dos céus…<br /><br />Paz no Mundo!<br />E já agora: vai um abraço???</div><div> </div><br /><iframe height="270" src="http://www.youtube.com/embed/bO7usCpYCTs?fs=1" frameborder="0" width="480" allowfullscreen=""></iframe>Cristinahttp://www.blogger.com/profile/08320075404496060862noreply@blogger.com17tag:blogger.com,1999:blog-7913968268507249995.post-12477060757886801172012-01-20T17:28:00.003+01:002012-01-20T17:38:57.409+01:00Portugal descoberto por espanhóis...<object width="400" height="297"><param name="allowfullscreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><param name="movie" value="http://vimeo.com/moogaloop.swf?clip_id=13089042&server=vimeo.com&show_title=0&show_byline=0&show_portrait=0&color=00adef&fullscreen=1&autoplay=0&loop=0"><embed height="297" type="application/x-shockwave-flash" width="400" src="http://vimeo.com/moogaloop.swf?clip_id=13089042&server=vimeo.com&show_title=0&show_byline=0&show_portrait=0&color=00adef&fullscreen=1&autoplay=0&loop=0" allowfullscreen="true" allowscriptaccess="always"></embed></object><p>Deixo-vos um video espectacular que a TVE fez sobre o nosso país.</p><p>Que lindo é Portugal, de Norte a Sul. E ainda manda o nosso ministro emigrar... Como se houvesse país mais bonito que o nosso. Podemos não ter as melhores condições, mas não há "cantinho à beira mar plantado", como o nosso...</p>Cristinahttp://www.blogger.com/profile/08320075404496060862noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7913968268507249995.post-26141447883046870282012-01-09T10:47:00.005+01:002012-01-09T11:01:08.774+01:00“Viagem ao centro de minha terra..."<div><div><div align="justify">“Viagem ao centro de minha terra” estreou na passada Sexta-feira, na RTP 1, por volta das 21 horas.<br />A viagem começou no Concelho de Idanha-a-Nova, e devo dizer-vos que este é um dos programas que vale a pena ver. Apesar de ter achado que muito tinha ficado por dizer e mostrar, principalmente muitas freguesias por revelar (incluindo Salvaterra, claro), mesmo assim, adorei este programa que nos revela muitas verdades escondidas no interior “perdido” do nosso país…<br />Começámos por subir acima ao castelo, onde lá ao longe se vê Espanha; dêmos um abraço a Monsanto e o coração à Idanha…<br />Com o Sr António Santos, visitámos o castelo de Idanha, construído no último quartel do século XII, pela Ordem dos Templários. Do cimo do castelo temos uma bela panorâmica por toda a campina de Idanha. Disse o Sr António, que nestas terras tudo se dá: laranjas, pêssegos, etc… Pena que esteja tão mal aproveitada.<br />Daí fomos para Alcafozes, onde ficámos a conhecer a Íris Abas, uma senhora adorável de 52 anos, natural da Suiça, que fala com os seus animais com um carinho especial.<br />Sempre acompanhada da sua burrica, ela fez questão de mencionar que ao comprar, preferiu uma burra, pois está bem ciente da extinção deste animal, que sempre foi o meio de transporte dos locais…<br />Em Idanha ela concretizou o seu sonho que era poder comprar um terreno para poder ter cabras, galinhas, um cavalo… Criou os três filhos no campo e ensinou-os a viver. Dizia ela: “fundamentalmente vivendo é que tu sabes sobreviver, porque antigamente não havia muita escola, e hoje em dia dizem que éramos ignorantes na altura, mas não. Éramos é muito mais inteligentes que as crianças de hoje, ao aprendermos desde pequeninos por ex., a acender o lume, a ordenhar uma cabra, entre outras coisas… Aprendiamos desde pequeninos o que era a vida…”<br />Íris deixou-nos entrar em sua casa. Mostrou-nos a picota, um sistema de contrapeso árabe muito antigo, que serve para tirar a água do poço.<br />Ela cultiva favas, alfaces, batatas, cenouras, alhos, etc… Bebe leite da cabra e faz os seus próprios queijos; enfim, sobrevive do que cultiva e faz.<br />De Alcafozes fomos a Penha Garcia, o paraíso da escalada de muitos adeptos.<br />Vimos os antigos moinhos do Geoparque, e com o Sr Domingos Rodrigues (que tive o prazer de conhecer no Verão passado) entrámos num deles e vimos como funciona a moagem do trigo ou centeio. No interior destas simples “casinhas” e moinhos espalhados pelo Geoparque, encontram-se autênticas testemunhas vivas de um passado distante, e como é importante preservar o nosso património…<br />Fizemos a rota dos fósseis, tendo Penha Garcia sido reconhecida pela UNESCO, pelo vasto espólio de fósseis encontrados e preservados.<br />De volta à Idanha entrámos no Solar do Marquês da Graciosa, de 1458, onde vive uma família de descendentes com 3 filhos, nada entediados pela vida no campo.<br />Assistimos à Procissão dos Passos e à Encomendação das Almas, que se celebra na Quaresma.<br />Um chefe de cozinha que trabalha num hotel nas Termas e vive em Idanha, deixou o seu testemunho de que aquilo que sonhou para os seus 50 anos, está a consegui-lo aos 30, com a qualidade de vida que tem e que conseguiu dar aos filhos…<br />Visitámos e vimos como funciona a Central Eléctrica da barragem Marechal Carmona, em Idanha…<br />Subimos ao posto de vigia dos bombeiros voluntários de Idanha…<br />Fomos à aldeia mais portuguesa de Portugal: Monsanto…<br />Em Proença-a-Velha, o Sr José Relvas, um artesão, curtidor de peles, mostrou-nos como se faz um adufe.<br />De volta a Alcafozes subimos ao campanário da igreja com o Ti Domingos, o guarda da torre sineira. Este velhinho adorável, que começou a tocar o sino ainda em criança, contou-nos emocionado as suas histórias, e lamentou-se que “hoje em dia, esta canalha já ninguém se interessa, ninguém quer estes serviços…”<br />Nas Termas de Monfortinho demos uma volta de bicicleta e sentimos o aroma do poejo à beira rio, e o rosmaninho nos campos…<br />Um programa que nos mostrou que as pessoas do campo têm muito melhor qualidade de vida que aqueles que vivem nas cidades. Nestas terras, onde todos se conhecem e entre ajudam, e não lhes falta nada…<br />Quanto a vocês não sei, mas eu não vou perder o 2º episódio…</div><div align="justify"> </div><img style="margin: 0px auto 10px; width: 320px; height: 180px; text-align: center; display: block; cursor: pointer;" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5695568868966756114" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEigTmnonKGUxY_mwy3LvmjXyrfOcQEssIVgxBcFogcFNvYw4bcsAR9ne18vngahOwwFSrD00cMP1dg0v4-wYTTCW846WfJ5mOgkMYQ5VxxNbEDGlN7XYAZ6tSZDmNuCpkUsf5VAy5HPzUnt/s320/viag.jpg" /></div></div>Cristinahttp://www.blogger.com/profile/08320075404496060862noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-7913968268507249995.post-24954051644113534852011-12-22T11:55:00.003+01:002011-12-22T12:03:03.036+01:00<div align="justify">Como continuo sem grandes inspirações, venho deixar os meus votos de um Santo e Feliz Natal, a todos que por este cantinho passam.<br />Que a Paz inunde os vossos corações, não apenas na noite de Natal, mas nos restantes dias do ano.<br />Feliz Natal a todos!</div><div align="justify"><br />Deixo-vos com um poema, que infelizmente, diz muito do Natal de hoje em dia…<br /></div><div align="center"><strong></strong> </div><div align="center"><strong>O Sonho de Maria:</strong></div><strong><div align="center"><br /></div></strong><div align="center">Eu tive um sonho, José, que não pude decifrar…<br />Celebravam o Natal, sem nosso filho chamar.<br />Uma grande e linda festa, as pessoas preparavam,<br />Mas do nosso menininho, elas nem mesmo lembravam.</div><div align="center"><br />Decoraram e iluminaram, a casa, com grande pompa!<br />Gastaram muito dinheiro, fazendo uma enorme compra!<br />Engraçado, mas não vi, presentes pro nosso filho,<br />Entre todos os pacotes, enfeitados com fitilho…</div><div align="center"><br />Muitas bolas coloridas, na árvore penduradas,<br />- Coitadinho do pinheiro, teve a raíz arrancada! -<br />Um anjo, bem lá no alto – esse sim, gostei de ver,<br />Lembrei da Anunciação, antes de Jesus nascer!</div><div align="center"><br />Ao trocarem os presentes – melhor mesmo que eu não visse<br />Nem falaram em Jesus, como se não existisse!<br />Celebrar aniversário de alguém que não está presente…<br />Você entende, José? Não é para ficar doente?</div><div align="center"><br />Acho mesmo que meu filho, ficaria tão confuso…<br />Se aparecesse na festa, o achariam “um intruso”!<br />Não ser desejado, é triste, depois do grande Calvário…<br />Dando a vida pelo irmão, num triste e cruel cenário!</div><div align="center"><br />Ainda bem que foi sonho… pois muito triste seria,<br />Ele voltar para a Terra, sentir que ninguém queria!<br />Mais um Natal, este, agora, em que eu iria dar à luz,<br />Sem saber se o povo entende, a grandeza de Jesus!</div><div align="center"><br />Autora: MÍRIAN WARTTUSCH</div><div align="center"> </div><img style="margin: 0px auto 10px; width: 320px; height: 255px; text-align: center; display: block; cursor: pointer;" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5688905494284390194" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhqnQik0fRmQYZ31vyEzeSV5T8fZmbAv1y3avSmLxCzWgZBbRZBLX1aoyaH0u9thkHsF7zH5MramlB_7M8erqH-cTsCtvr9KG26RWyfjCSm0F39XT9F9REQ9Nm2os3eUDiCdP8iwZPNKl5H/s320/Gerard_van_Honthorst_001.jpg" /><p align="center"> Pintura de Gerard van Honthorst</p>Cristinahttp://www.blogger.com/profile/08320075404496060862noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7913968268507249995.post-17198805785888092822011-12-09T15:24:00.001+01:002011-12-09T15:25:04.287+01:00Um pouco do Outono em Salvaterra...<div><div align="justify"><iframe height="315" src="http://www.youtube.com/embed/IyKg1UJMtSw?rel=0" frameborder="0" width="560" allowfullscreen=""></iframe><br /><br />Como não estou para grandes inspirações, deixo-vos um pequeno vídeo, ao qual nem adicionei comentários, pois penso que as imagens falam por si.<br />É lindo o Outono em Salvaterra. Para mim, são o Outono e a Primavera as melhores estações do ano, para visitar e permanecer em Salvaterra.<br />Os campos estão cobertos com tons de verde, castanhos, e dourados, a perder de vista.<br />Ainda que o tempo tão depressa chova, como faça Sol, há sempre momentos em que podemos sair de casa, e partir à descoberta.<br />Ao longe as serras, envoltas em nuvens, formam uma paisagem deslumbrante.<br />As oliveiras encontram-se carregadinhas de azeitonas; muitas delas, por não terem quem as apanhe, vão-se amontoando no chão.<br />Por todo o lado há musgo: nos muros, nas árvores, no chão…<br />Há cogumelos por toda a parte: desde o tronco imponente, ao tronco velho caído no chão. São lindos, mas mortais. Aquilo só mesmo para bom conhecedor.<br />As furdas silenciosas, são testemunhas das nuvens que passam apressadas.<br />P’lo caminho o avô conta uma história ao neto, que eu tenho uma certa dúvida, se será ou não verdade. Com tanta pedra ao longo dos anos pisada, só aquela é que seria desgastada pelas ferraduras dos animais? Deve haver outra explicação. Cá para mim é apenas uma cavidade natural na rocha, mas como não sou geóloga ou entendida no assunto…<br />O rio, esse, leva tanta água que já submergiu a única ponte existente, de acesso para a outra margem. O carro que se vê do lado espanhol, é o noticiado carro que caiu ao rio há umas semanas, tendo falecido um dos seus ocupantes. Uma noite de nevoeiro cerrado que, infelizmente, terminou em tragédia.<br />Na vila, chaminés fumegam e deixam no ar o cheiro da lareira acesa.<br />Já se faz sentir o frio, mas ainda se suporta bem. Tão bem, que após uma longa caminhada, até já se tiram os casacos.<br />E quando no céu se forma um belo arco-íris, a criança pergunta:<br />- Oh mãe, onde é que está a ponta dele…?<br />Se soubéssemos, há muito que já teriam descoberto o pote de ouro, que dizem estar escondido no fim do arco-íris…<br />Ai, o que eu não daria para estar agora em Salvaterra… Só lá encontro a Paz…</div></div>Cristinahttp://www.blogger.com/profile/08320075404496060862noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-7913968268507249995.post-20681193896872102942011-11-26T19:00:00.003+01:002014-11-04T00:07:46.365+01:00Os caminhos desta vida...<div>
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Aqui estou eu, em mais uma encruzilhada da vida, vivendo o que não esperava, e passando pelo que não contava…<br />
Por que estrada devo seguir? Não vejo luz em nenhuma das opções…<br />
Como seria bom, como alguém já disse, se pudéssemos contar com alguma sinalização pelos caminhos. Mas pensando bem, ela talvez até exista, nós é que não quisemos ver os sinais…<br />
Passámos os avisos de “cuidado” a cem à hora, os avisos de “interdição”quebrámo-los todos, nos semáforos vermelhos ainda afrouxámos no decurso do amarelo, mas acabámos por passar, e tanto andámos, tantos erros cometemos, que acabámos por ser mesmo obrigados a parar no “Stop”.<br />
Parar para reflectir: que jornada é esta que tenho feito? Existirá alguma ponte que me leve para outra margem? Uma margem mais calma, onde possa encontrar paz. Paz para a minha vida, que é o que mais preciso neste momento: paz de espírito e de coração.<br />
Voltar atrás é impossível, pois o caminho acabou de ser cortado, num momento chamado Passado.<br />
Para os lados também não é solução, porque talvez fosse encontrar os mesmos erros, em novos acontecimentos.<br />
Olho para a frente e custa-me dar o primeiro passo. Se ao menos tivesse um GPS onde pudesse marcar como destino a felicidade, aí sairia a correr, mesmo não sabendo onde a estrada me iria levar. Mas não tenho GPS, e não vislumbro sinais nesta imensa encruzilhada.<br />
Poderiam dizer-me: deixa-te guiar pelo coração. Mas desta vez não; é por causa dele que aqui me encontro…<br />
Desta vez, por mais que custe, a cabeça terá de falar mais alto, porque até hoje sempre me provou que ela tinha sempre razão, e tu estúpido coração, que te iludes e ousas sonhar, acabas sempre por sair magoado…<br />
Arrependida não estou, e não adianta mais chorar pelo que aconteceu e está a acontecer. Não são as lágrimas que trazem a solução, apesar de nelas encontrar algum alívio. Quando a tristeza é demasiada, quando a dor cá dentro é tão forte que quase nem conseguimos respirar, são as lágrimas que nos aliviam. E olhando para trás, vejo que a estrada por mim percorrida tem muitas lágrimas derramadas, demasiadas até. Preciso de lindos dias de Sol que evaporem tanta “água”…<br />
E hoje foi um deles. Nesta linda tarde de Sábado, passeando à beira-mar, onde por incrível que pareça, nem uma brisa corre e o Sol nos aquece, vejo muitas das lágrimas dissiparem-se no ar.<br />
Com uma dor imensa, pelos acontecimentos, pela distância e pelo silêncio marcada, olho o mar mais além da rebentação, e admiro a calmaria em que ele se transforma até o horizonte. Também a vida é assim. Passamos por zonas de rebentação, onde quem conseguir “surfar” passará mais depressa, para chegar à calmaria. É preciso é não nos deixarmos afogar, em toda a espuma que não nos deixa ver o caminho.<br />
Ainda que um tsunami esteja prestes a mudar a minha vida e o seu rumo, não posso deixar-me afogar.<br />
Olhando o horizonte, em que o mar se une ao céu, peço a Deus que me dê um sinal, de que, o que quer que me espera, eu consiga ultrapassar.</div>
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<img alt="" border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg7wZmcmZfso21X5zp8mkN8SQYeJ31q16Rs_pTJ-VH14Y-KE5IfU42NeJtKyKLo7UWHz0skJyxBwrqxScosPUDQthodmOLZW3gdbeDx_9ZTpX3WDxSeDS_3WkZKYDVtvQlfP78ze7_erLb0/s320/PB231069.JPG" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5680058597649893474" style="cursor: pointer; display: block; height: 168px; margin: 0px auto 10px; text-align: center; width: 320px;" /><br />
E aí, pouco tempo depois, eis o sinal: um lindíssimo pôr-do-Sol que nos maravilha e deixa sem palavras.</div>
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<img alt="" border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiYO5e2lpbBKGBB-JLazbVzeHQ0hdZKjb_5D7qKs39bjkE_ybGe8N6OwsiX5RtM51lItlBa8ncmNMgd4gblWOePKfXkHa4b2RSiYY7foMaghHZZ9Bpix9sfmT9uMAngjXSSvHuAVt07D6cM/s320/PB231114+-+C%25C3%25B3pia.JPG" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5680058707399457090" style="cursor: pointer; display: block; height: 240px; margin: 0px auto 10px; text-align: center; width: 320px;" /><br />
E por momentos, sinto-me revigorada, penso em todas as coisas boas que tenho e chego à conclusão: quando uma jornada termina, é porque Deus quer que iniciemos outra. E por mais incerto que seja o futuro, é para a frente que devemos caminhar. Mesmo que tropecemos nalgumas pedras do caminho, há que conseguir levantarmo-nos. Haja saúde para o fazer.<br />
Olhando este céu repleto de esperança, penso que o segredo está em sermos felizes com aquilo que temos e deixarmos de aspirar aquilo que não podemos ter...<br />
Uma boa viagem a todos, nesta acidentada, mas ao mesmo tempo, bela estrada que é a vida…<br />
E como dizia Raul Solnado : “façam o favor de ser felizes!”, que eu, vou tentar sê-lo também…<br />
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P.S.: obrigada Ana! Obrigada pela sua amizade sincera, por me ouvir tanta vez, mesmo já tendo problemas de sobra, e por estar sempre lá para mim, quando mais preciso.<br />Obrigada pela companhia neste belo passeio à beira-mar.<br />Por vezes vale mais uma amizade sincera que um amor, é que a amizade, essa, pode durar para sempre…</div>
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Cristinahttp://www.blogger.com/profile/08320075404496060862noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-7913968268507249995.post-38247734664407537532011-09-27T15:25:00.003+02:002011-09-27T15:30:46.416+02:00Salto da Cabra...<div align="justify">Quem vá a Salvaterra, não pode sair de lá, sem dar um “saltinho” a um local deslumbrante, com uma paisagem única, a perder de vista.<br />Refiro-me ao Salto da Cabra, um miradouro natural, com uma varanda para o canhão fluvial do rio Erges, e para a escarpa granítica, no cimo da qual se edificou outrora o castelo de Peñafiel.<br />Um local onde cada vento, tenta soprar mais forte que o outro; ainda assim, um local tão sereno e pacífico, onde renasce quem o visita…<br />Um local que nos responde se lhe gritarmos bem alto, fazendo lembrar o poema de Cecília Meireles:</div><div align="justify"><br />“O menino pergunta ao eco<br />onde é que ele se esconde.<br />Mas o eco só responde: "Onde? Onde?..."<br /><br />Um local de inspiração divina, por tão belas paisagens. Uma terra moldada pela mão de Deus, que colocou aqui e ali alguns montes, e mais ao longe, tantas serras, que parecem misturar-se todas e fundir-se com o azul do céu.<br />Um local intemporal, onde a música natural se propaga para lá do horizonte. Só não canta o rio, porque nesta altura do ano, não tem água suficiente para correr nas suas cascatas.<br />Uma região bravia que abriga tanta vida. São: os bandos de andorinhas que voam livres e despreocupadas junto ao rio, as cigarras mandrionas, que cantando enchem os ares, os abutres que, com sorte, conseguimos avistar, o zumbido das incansáveis abelhas, procurando o precioso néctar… É a natureza no seu mais belo esplendor.<br />As nuvens que passam desiguais, levam meus pensamentos com elas.<br />Não há palavras suficientes para descrever tamanha beleza natural. Beleza protegida do Parque Natural do Tejo Internacional…</div><br /><iframe width="560" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/Zm4g8X1ld30" frameborder="0" allowfullscreen></iframe>Cristinahttp://www.blogger.com/profile/08320075404496060862noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7913968268507249995.post-77478407040627022472011-08-27T10:00:00.000+02:002011-09-21T12:53:38.089+02:00No Erges aprendeste a nadar...<div><div><div align="justify">Antes mesmo de sair de casa, já ele dizia que não iria entrar no rio, que a piscina era melhor, que no rio só havia rochas, que algo nos picava as pernas, quando estávamos dentro de água, e que as cobras andavam por ali…<br />Não insisti com ele, pois entretanto já havia vestido os calções de banho, e já levava debaixo do braço, o barco telecomandado. Foi até o primeiro a entrar para o carro.<br />“-Eu só vou para experimentar o barco…” – afirmava ele, querendo convencer-nos a todos, que não iria acontecer algo, que ele tinha tanta vontade…<br />Quando chegámos ao rio, o calor era tanto, que a “famelga” não resistiu e fomos todos para dentro de água. Estávamos em finais de Junho, e como o Inverno havia sido “chuvosamente” generoso, o rio ainda tinha bastante água.<br />Escolhemos a parte em que a ribeira de Arades se encontra com o Erges, e aí, nessa água corrente e límpida, acabámos por passar muitas outras tardes.<br />Mas logo no primeiro dia, quem afirmava a pés juntos que nem sequer iria entrar dentro de água, mal demos por ele, já estava a banhos…<br />“-Eu só entrei porque vocês estão todos cá dentro, mas nem sequer vou molhar a cabeça…” – continuava ele a tentar enganar-nos.<br />E mal deu tempo para darmos umas braçadas, já ele havia mergulhado, e brincava feliz dentro de água.<br />Como era teimoso, e nunca queria dar o braço a torcer.<br />Tínhamos ali a melhor das piscinas, e só para contrariar, continuava a afirmar, que a piscina das Termas era melhor, e que até a água sabia melhor, porque tinha cloro. Imagine-se!<br />Claro que depois de se apanhar dentro de água, nunca mais de lá saía, a não ser para subir para as rochas, e atirar-se para dentro de água novamente:<br />“-Lá vai bomba!” – dizia ele, feliz da vida, criando o seu próprio tsunami que refrescava as rochas mais próximas.<br />E as bombas repetiram-se por muitas outras tardes.<br />Tardes de insistência, por parte de todos nós, para que fizesse um esforço e aprendesse a nadar.<br />Dizia-lhe o avô: “-Vá, aqui é que eu quero ver se consegues nadar”…<br />“-Eu só não nado, porque não quero, avô…” – respondia-lhe ele, sem dar parte de fraco.<br />E lá ia esbracejando, com os pés no chão…<br />Já havia tentado noutras águas; noutros mares. Mas mares tão revoltos, que nem sequer lhe permitiam boiar. Bebeu muitos pirolitos, e foi enrolado por muitas ondas, pelo que lhe parecia, com certeza, uma missão impossível de conseguir…<br />Mas aqui, nestas águas tão calmas, tinha agora a oportunidade de se tornar um “homem da Atlântida”...<br />Assim, depois de muita insistência da nossa parte, começou por treinar os “flutuamentos”, como ele dizia.<br />A dada altura, enquanto o segurava à tona de água, deitado de barriga para cima, pediu-me para o largar, confiante de que talvez se aguentasse a boiar.<br />Larguei-o e, lentamente, foi ao fundo.<br />“-Olha! A bóia ainda vai ao fundo.” – disse-lhe eu, na brincadeira.<br />A sua resposta pronta: “-Isso foi porque acabei de lanchar, mãe!”<br />E naquela calma tarde de Verão, ecoou no ar, o riso das nossas gargalhadas.<br />Ainda tenho esperança que um dia, venhas a ser tão modesto, que não tenhas vergonha de reconhecer as tuas fraquezas…<br />Passado pouco tempo, com a insistência de tantas braçadas, acabou por ser recompensado com a incrível sensação de nadar. E era vê-lo de óculos de mergulho, nadando por baixo de água, vasculhando o fundo com o olhar. Um "peixe" entre peixes...<br /><br />Este Verão, meu filho, tiveste mais uma prova de que nunca se deve desistir daquilo que queremos. Só precisamos ter paciência e perseverança, que os resultados, mais cedo ou mais tarde, logo aparecem.<br />Este Verão aprendeste que nunca se deve desistir, e que se os outros conseguem, também tu o podes conseguir; apenas não podes ter logo esses pensamentos derrotistas à partida, e tens de acreditar mais em ti.<br />Terás tantos outros obstáculos a enfrentar pela vida fora... Nalguns tropeçarás, noutros cairás, e depois de alguns ultrapassados, te levantarás. E é disto que é feita a vida… Apenas, nunca desistas! Caminha com humildade e confiança em ti próprio, que conseguirás sentir-te realizado, em tudo aquilo que te propuseres…<br />Este Verão, ficar-te-á para sempre na memória, como o Verão em que aprendeste a nadar…<br />“Maior que a tristeza de não haver vencido, é a vergonha de não ter lutado”… E este lema, servir-te-á para tudo, para o resto da tua vida…<br /><iframe height="270" src="http://www.youtube.com/embed/7TPZzK5pb1U?fs=1" frameborder="0" width="480" allowfullscreen=""></iframe></div></div></div>Cristinahttp://www.blogger.com/profile/08320075404496060862noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-7913968268507249995.post-23862078997012698192011-08-21T12:52:00.000+02:002011-08-26T16:59:54.516+02:00Olhos enigmáticos...<div><div align="center"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhIIM8OaOYK7PEuv7uR_ieHtL4PQFZR9qnELmg_Jo1Zp3VVLDS6FAJEaN08fpz-acIJLnnIv15GGwsEi7buHupN9MeB0xqYBLsg1Z7DRVKUuXpHPbauI_2W0SbmYJ8-6_NO7TTyh3NDdte9/s1600/pedra.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; width: 240px; height: 320px; text-align: center; display: block; cursor: pointer;" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5643623131482842098" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhIIM8OaOYK7PEuv7uR_ieHtL4PQFZR9qnELmg_Jo1Zp3VVLDS6FAJEaN08fpz-acIJLnnIv15GGwsEi7buHupN9MeB0xqYBLsg1Z7DRVKUuXpHPbauI_2W0SbmYJ8-6_NO7TTyh3NDdte9/s320/pedra.jpg" /></a><br />Já que em plomes e cantchais falamos<br />Um desafio vos venho deixar,<br />Este cabeço arredondado<br />Tem um segredo milenar.<br /><br />Olhando as pedras nos plomes,<br />Numa não deixei de reparar,<br />Destaca-se de todas as outras<br />Por uma cara personificar.<br /><br />Ora digam lá meus amigos<br />Se conseguirem decifrar,<br />O enigma destes olhos<br />Que parecem vaguear.<br /><br />Beijado pelo vento<br />Que aqui passa a correr,<br />Se ao Mundo falasse.<br />Muito teria que dizer.<br /><br />Sabe-se lá que segredos esconde<br />E tudo aquilo que já viu,<br />São tantas as histórias que guarda<br />Mas nunca o sigilo traiu.<br /><br />Nos plomes deitado<br />Sem ter boca nem nariz,<br />Apenas os olhos nos fitam<br />Mas não parece infeliz.<br /><br />E como poderia sê-lo<br />Num local tão bonito?<br />Olhando o castelo em cima,<br />E à noite o infinito.<br /><br />Coberto de musgo<br />Pelo menos no tempo frio,<br />Assim bem agasalhado<br />Sem sentir um arrepio.<br /><br />Granito pelo tempo moldado<br />Em reserva geológica protegido,<br />Por todos é admirado<br />E pl’a chuva vai sendo polido.<br /><br />De Inverno por vezes se esconde,<br />Quando é grande a enchente.<br />Ao menos brinca com os peixes<br />E ouve os segredos da corrente.<br /><br />Talvez tenha sido um gigante<br />Por uma maldição adormecido<br />Que ali ficou empedrado,<br />Eternamente esquecido.<br /><br />Talvez por um tesouro olhe<br />Deixado por mouro ou templário<br />Quem sabe um dia faça<br />Um feliz milionário.<br /><br />Talvez seja um extra-terrestre<br />Que por acaso nos visitou,<br />Olhando tanta beleza,<br />Não resistiu, e ficou.<br /><br />Corpo de pedra,<br />Coração sofrido.<br />Mente sonhadora,<br />P’las nuvens entretido.<br /><br />- Onde vai senhora nuvem<br />Com tanta pressa a correr?<br />- Que inveja sua eu tenho,<br />Por não poder o Mundo ver.<br /><br />E nele repousa um sapo,<br />À espera de ser beijado,<br />Também queria mudar de vida<br />Tal como o amigo aprisionado.<br /><br />É grande a curiosidade<br />De quem esta foto tirou<br />Que olhos serão estes,<br />Que o tempo não fechou?<br /><br />Se ao menos as pedras falassem…</div></div><br />Cristinahttp://www.blogger.com/profile/08320075404496060862noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7913968268507249995.post-23246510221467959192011-08-02T07:03:00.001+02:002011-08-03T16:02:53.457+02:00Escondendo-se entre as pedras...<div align="justify">Que sempre cá as houve já todos sabíamos, pois de vez em quando lá se encontrava uma ou outra; agora como este ano, nunca tinha visto tantas.<br />Consta que a QUERCUS, vem ocasionalmente libertá-las nos “plomers” para que se reproduzam e não falte alimento às muitas aves de rapina que também aqui se reproduzem. É uma cadeia alimentar secular: morrem uns, para viver outros.<br />Consta também que ao ser humano nunca fizeram mal; que de nós fogem e só querem a sua privacidade.<br />“Elas têm medo das pessoas, e as pessoas têm medo delas” – afirma meu pai, em conversa, garantindo que cá, nunca ninguém foi mordido por uma.<br />“São bem piores os escorpiões”, diz ele.<br />E como nota o meu arregalar de olhos, acrescenta: “ah, tu não sabias que há cá escorpiões?” Escondem-se debaixo das pedras…”<br />E por momentos fico com o pavoroso pensamento de que sempre me sentei descansada em muitas pedras, por esses caminhos fora. Mas logo minha mente sossega, pois não se recorda de relatos de picadelas de escorpiões; talvez estes, também só desejem que os deixem em paz e só ataquem quando ameaçados. É nisto que quero acreditar, pois mal aos animais, eu não faço, e não vou mudar meu comportamento em relação à vida campestre…<br />Com estes pensamentos vem-me à lembrança as botas fortes e grosseiras que sempre meu avô usou, e os mais idosos continuam a usar. São uma boa protecção contra os perigos do campo.<br />Mas dizia eu que, a reprodução dos animais libertados pela QUERCUS deve estar a ser um sucesso, pois nunca tinha visto cá tantas…<br />Olhando bem perto, até são bonitas. Com a sua pele escamosa de diferentes tonalidades e o seu corpo ondulante. Mas, não sei porquê, continuam a inspirar-me receio. Talvez se deva ao instinto natural do ser humano; afinal, por causa delas, é que tudo mudou no Paraíso…<br />Deixo-vos com algumas das filmagens que fiz, e dos encontros imediatos que com elas tive…<br /><iframe width="425" height="349" src="http://www.youtube.com/embed/J9EzyQBYkkw" frameborder="0" allowfullscreen></iframe><br />Nota: é de salientar que a cobra, que muito corajosamente o Luís apanhou, voltou a ser solta no local encontrado…</div>Cristinahttp://www.blogger.com/profile/08320075404496060862noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-7913968268507249995.post-69286786990778214282011-08-01T17:05:00.003+02:002011-08-01T17:13:19.406+02:00Nova rota do contrabando entre Salvaterra do Extremo e Zarza la Mayor.<div><img style="margin: 0px 0px 10px 10px; width: 240px; height: 320px; float: right; cursor: pointer;" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5635905223447080114" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJD195RKzYjyJnuESEWSwpJAMLg3uz1PjTdar8LijlBvqm3OPD0RWiRLrSndjwEoYszUbTS8zB60jhBNdzDGtoFe9N1RTWogOTaEt0_-tM7QIfzXWRa3mHZz2fhiYTYoDtAXwI3B0P3rtb/s320/P6070768.JPG" />Data: 13 de Agosto de 2011<br />Local: Zarza-La-Mayor e Salvaterra do Extremo<br />Concentração: às 17h, junto à Igreja Matriz de Salvaterra do Extremo<br />Partida: Plaza Mayor - Junto a la Iglesia de San Andrés<br />Data Limite de Inscrição: 10 de Agosto de 2011<br />Valor: 7,50 € (Inclui a actividade, o seguro e o jantar)<br /><br />Características técnicas:<br />Tipo de Percurso: linear<br />Distância: 6 km<br />Dificuldade: média<br />Nota: haverá transporte para Zarza-La-Mayor<br />Apoios: Ayuntamiento de Zarza-La Mayor e Associação Cultural Recreativa e Social de Salvaterra do Extremo<br />Mais informações em: <a href="http://www.turismodenatureza.com">http://www.turismodenatureza.com</a><br /><br />Se puder não perca a oportunidade de fazer este passeio enriquecedor. Eu se pudesse, também iria…</div>Cristinahttp://www.blogger.com/profile/08320075404496060862noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7913968268507249995.post-78186223648313031932011-07-31T16:57:00.000+02:002011-08-01T17:13:19.411+02:00Josés há muitos...<div align="justify">A pedido de meu primo, venho hoje fazer um pequeno reparo ao artigo que anteriormente publiquei, sobre a rota do contrabando.<br />Para que não haja confusão de nomes e identidades, fica então aqui o esclarecimento: em Salvaterra, e vivendo na mesma rua, existem 2 pessoas com os mesmos nomes: José Joaquim Rascão.<br />Dito assim o nome, tanto pode ser um, como outro. Só que na verdade, existe o José Joaquim Dias Rascão, e o José Joaquim Reis Rascão.<br />No texto que publiquei, bem como as fotos que juntei, o José que nos guiou pela dita rota, é o José Joaquim DIAS Rascão.<br />Assim, só me resta pedir desculpa por mais esta minha falha…</div>Cristinahttp://www.blogger.com/profile/08320075404496060862noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7913968268507249995.post-44024856624749841862011-07-08T14:51:00.013+02:002011-07-12T10:31:18.461+02:00A rota do contrabando, contada por experiência própria...<div><div><div><div><div><div><div><div align="justify">No fim-de-semana em que se realizou o eco-festival, realizou-se também mais uma “rota do contrabando”, e muito tenho a agradecer a José Joaquim Rascão, pela possibilidade que nos deu de o acompanhar. Foi uma experiência inesquecível, e que ficará para sempre na nossa memória.<br />Esta rota não foi apenas uma marcha de 6 Kms, foi uma marcha rumo a lembranças antigas; lembranças de tempos muito duros e conturbados, em que as gerações passadas, para se sustentarem, tiveram de recorrer à prática do contrabando, arriscando a própria vida. Sim, porque os “carabineros”, aparecendo de onde menos se esperava, faziam-lhes a vida negra…<br />Foram tempos de fome, miséria, sustos e tiros. Foram tempos em que uma sardinha, por exemplo, dava para muitos irmãos…<br />E nós (a geração actual) não fazemos sequer ideia do que passaram nossos pais e avós. Não crescemos habituados a ter tudo aquilo que queríamos, mas pelo menos não passámos fome. Dizem que a geração actual é a “geração à rasca”; coisa mais descabida, pois olhando para as gerações anteriores, essas sim, sobreviveram à rasca…<br />Mas iniciando o relato desta inesquecível aventura: depois de juntar para aí uns 20 participantes, partimos do adro em Salvaterra, na carrinha da Junta de Freguesia, e nos carros da QUERCUS, em direcção ao centro de Zarza la Mayor; privilégio que nossos antepassados nunca tiveram, pois faziam 4 kms a pé por caminhos difíceis e como ainda não existia ponte sobre o rio, passavam-no muitas vezes de Inverno, com água a transbordar as margens, com cordas de uma margem à outra. Um “desporto radical” bastante perigoso, que chegou a levar algumas vidas.<br />Chegados à Zarza, apeámo-nos e aí começou a nossa caminhada.<br />Começámos então, por observar na “Plaza Mayor”, a Igreja Paroquial de Sto. André, e compreendemos o porquê de um dos lados se encontrar destruído: porque no tempo do Marquês de Minas, e das guerras entre Portugal e Espanha, um certo dia (mais precisamente<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj25DvtfzY77dM1Dm2J9LYdZOLMre1mSID0ia6zE5DsIhbQ7ipawQD54WH_-rfsZIFAwC9xIwnwy6VlDLoAFCYf_LHl3XwTbao6p3zyQQBgQYuQFCE7ke0LfEyiNABsonsmocqki-q9Jj7U/s1600/P6070708.JPG"><img style="margin: 0px 0px 10px 10px; width: 192px; height: 260px; float: right; cursor: pointer;" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5626975971122115138" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj25DvtfzY77dM1Dm2J9LYdZOLMre1mSID0ia6zE5DsIhbQ7ipawQD54WH_-rfsZIFAwC9xIwnwy6VlDLoAFCYf_LHl3XwTbao6p3zyQQBgQYuQFCE7ke0LfEyiNABsonsmocqki-q9Jj7U/s320/P6070708.JPG" /></a> a 18 de Maio de 1644), quando os portugueses entraram pela Zarza dentro, os espanhóis preparavam na Igreja um barril de pólvora para receberem os portugueses. Só que o barril explodiu ali mesmo, tendo destruído parte da Igreja, que acabou por não ser reconstruída, para que nunca se esquecessem daquele trágico acidente, em que faleceram sob os escombros da mesma, mais de 300 pessoas.<br />Parámos na prisão onde ouvimos emocionados a história de quando a mãe, do nosso guia José, foi presa, no tempo da Guerra Civil Espanhola, e de como ele passava os dias agarrado à mão de sua mãe, através de uma janela com grades… Tempos de muita aflição!<br />Olhando para um dos edifícios na Praça, podemos observar um bem conservado brasão português, esculpido na parede; “recuerdos” de uma família portuguesa que aí viveu…<br />Um pouco mais à frente chegámos à praça onde se costuma fazer a largada dos touros e ficámos a saber porque todas as casas têm varandas: porque as pessoas que lá viviam, na altura das touradas aproveitavam e alugavam as varandas a quem quisesse assistir seguro.<br />Continuando o percurso, parámos no belo poço “La Conceja”, com umas colunas, onde o José nos explicou que na altura da Guerra Civil, também ficaram destruídas, e há <a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4xtT9MaeW6028JvvoaZ_VeGDyYlRzvieER7rrLIA46g4fEy1QBkFE8kmF5baptaaCT01Qixa9FHUu-wT8JvYsLtxdG4OpoIiI7-csXawIFV-MqqvBQYGbRldlB59Etrr81W7CXwy2nlE0/s1600/P6070712.JPG"><img style="margin: 0px 0px 10px 10px; width: 190px; height: 146px; float: right; cursor: pointer;" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5626982442080285602" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4xtT9MaeW6028JvvoaZ_VeGDyYlRzvieER7rrLIA46g4fEy1QBkFE8kmF5baptaaCT01Qixa9FHUu-wT8JvYsLtxdG4OpoIiI7-csXawIFV-MqqvBQYGbRldlB59Etrr81W7CXwy2nlE0/s320/P6070712.JPG" /></a>poucos anos, 2 especialistas em trabalhar e esculpir a pedra, de Idanha-a-Nova, ofereceram a sua ajuda à Zarza para reconstituírem o poço, com o seu formato original, e conseguiram-no na perfeição, como se pode ver pela foto.<br />É bonito ver como dois povos outrora inimigos, estão agora unidos pelas mesmas causas, e até por laços familiares.<br />Do poço seguimos então por um longo caminho, que nos levaria ao famoso Castelo de Peñafiel.<br />Aqui começaria o nosso esforço físico. Eu bem que tentava acompanhar o José, que ia sempre à frente, pois só assim conseguia ouvir as histórias que ia contando, mas com a “pedalada” que levava, muitas delas não as ouvi.<br />As dificuldades do percurso e o cansaço iam sendo superados pelo companheirismo, pela boa disposição do grupo, e pelas belas paisagens ao virar de cada monte.<br />Passámos, então, pela Cruz dos Portugueses, lembrança esculpida em pedra; lembrança de antigos territórios portugueses…<br />E lá seguia o José sempre à frente, lembrando tempos antigos e com a sua enorme saca de serapilheira às costas, para exemplificar como os contrabandistas transportavam de 25 a 30 Kgs de café, até terras espanholas como a Zarza, Ceclavin, Acehuche e Garrovillas.<br />Os produtos podiam variar. Assim, levavam não só café, mas também: farinha, tripa de porco, pão, azeite, tecidos, sabão e até gado suíno e cavalar. Tudo coisas que escasseavam em terras espanholas.<br />Na volta traziam: bombazina, então mais conhecida por “pana”, chocolate, azeite e Ceregumil. Hum! C<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj04FiidAEIuyyQNF1Oy3yLaQ0oZzfEeKKR8hiYrG89t4bXRVI1tETnTf-9CcCf7OaP9IQfwXtmbQFJCvslmemi0Kw5co9Z-Iy0qxRbIh0SsRPOh0Wsggry3rJ36eRhuvi1WWGclEdMw6MN/s1600/ceregumil.jpg"><img style="margin: 0px 10px 10px 0px; width: 149px; height: 251px; float: left; cursor: pointer;" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5626982944707042690" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj04FiidAEIuyyQNF1Oy3yLaQ0oZzfEeKKR8hiYrG89t4bXRVI1tETnTf-9CcCf7OaP9IQfwXtmbQFJCvslmemi0Kw5co9Z-Iy0qxRbIh0SsRPOh0Wsggry3rJ36eRhuvi1WWGclEdMw6MN/s320/ceregumil.jpg" /></a>omo me lembro dos chocolates e rebuçados que minha avó trazia de Espanha. O Ceregumil, esse, era bebê-lo às colheres. Hum! Como eram doces os sabores de minha infância.<br />Em qualquer viagem, a preocupação era evitar ser detectado pela Guarda Civil e salvar o que traziam.<br />E a nossa aventura continuava. Eu só pensava quando iria vê-lo… E ao virar de cada monte, pensava já poder avistá-lo, mas não, ainda teríamos de andar muito.<br />E o José sempre muito animado ia contando as suas histórias, para que não sentíssemos tanto o cansaço.<br />E enquanto a ele não chegávamos, íamos admirando a bela paisagem, que não se consegue descrever em palavras, e as fotos deixaram muito a desejar, sob o calor forte do Sol…<br />Andámos, andámos, andámos... Até que… lá estava ele, finalmente.<br />Agora sim, cada vez mais perto, e visto do lado da entrada, como nunca o tinha visto.<br />Há anos que o admirava lá de baixo do rio; há anos que ouvia histórias e lendas que escondia; há anos que sonhava lá poder entrar e imaginava como seria. Há anos que pedia para lá me levarem, e há anos que me diziam como era perigoso o território escarpado, cheio de buracos onde podíamos cair, e habitat de animais selvagens e perigosos, como touros, cobras, abutres, etc… E assim, restava-me apenas admirá-lo à distância: tão perto, mas tão inacessível e longínquo.<br />E lá cresci eu a fantasiar tesouros escondidos, caminhos secretos e histórias de encantar…<br />E depois de tantos anos à espera, poder entrar por aquela porta, foi como entrar num local mágico.<br />O castelo de Peñafiel, que tem como pedestal uma enorme encosta escarpada, tem nesse local uma varanda natural com vista privilegiada para todo o desfiladeiro. Outrora denominado “Castillo de Racha Rachel”, começou a ser construído no século IX, por muçulmanos, quando estes dominavam a Península Ibérica.<br />Só no século XII se tornou importante para controlar a fronteira.<br />Hoje não restam senão ruínas de tempos áureos, e mesmo que parte das suas muralhas tenham caído ao rio, mantém o seu porte imponente, podendo ser avistado a kms de distância.<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEishvrUT1BPYalNKtihb1MzgUdOkMj6YlTRjJrdK-NVW3f2Ck8yO7x5zFWO9qEEuNTVHyCcmMSWC-NCORjUQf3kLhdBA3E_zAlawe1sE5HtuCq7dbS2g6Vtoi1AJesZkNWXcIfIXfU-Tpp0/s1600/P8040857.JPG"><img style="margin: 0px 0px 10px 10px; width: 320px; height: 240px; float: right; cursor: pointer;" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5626987267379972322" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEishvrUT1BPYalNKtihb1MzgUdOkMj6YlTRjJrdK-NVW3f2Ck8yO7x5zFWO9qEEuNTVHyCcmMSWC-NCORjUQf3kLhdBA3E_zAlawe1sE5HtuCq7dbS2g6Vtoi1AJesZkNWXcIfIXfU-Tpp0/s320/P8040857.JPG" /></a><br />Claro que a visita a este Castelo não fazia parte do percurso da rota do contrabando, mas com um pequeno desvio, o José enriqueceu em muito a nossa aventura.<br />O percurso para descer a escarpa do castelo até ao rio foi bastante difícil e perigoso. As silvas e outra vegetação, por vezes, chegavam a ter quase a nossa altura, não conseguíamos ver onde pisávamos e o chão de ervas secas tornava-se um autêntico escorrega.<br />E nós, todos em fila indiana, tentávamos acertar com os pés nos locais certos para não cair ou escorregar. Claro que, de vez em quando, lá dávamos um “bate cu”, eu inclusive. Felizmente ninguém se magoou, pois tivemos sempre a sorte de cair em terreno “almofadado” de palhas secas.<br />Mas tudo acabava por ser ultrapassado, pois caíamos e ficávamos a rir de nós próprios.<br />E parece que na descida, quando o percurso se tornou perigoso, é que a boa disposição aumentou, o que foi muito bom pois deu-nos ânimo para continuar.<br />E enquanto descia eu só pensava: “-Agora finalmente entendo, porque meu pai nunca se atreveu a me trazer até ao castelo…”<br />Mas lá conseguimos descer a encosta e chegar ao rio, onde nos reagrupámos. E que alegria por ter-mos conseguido. Que grande aventura!<br />Dizia o nosso guia: “-Preparai-vos , porque depois de atravessarmos o rio, vem aí uma subida muito difícil…”<br />Uma subida difícil? Para mim nada tinha sido mais difícil que a descida.<br />Ah! Que água fresquinha quando mergulhámos os pés quentes no Erges. D<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi0CH3tWEh6XHu0N_-EB21grlDr-cyouKJHYTbZGwlY5v7VnK6LbVQ1rBCQxkukyLtPRI1pXNOxglDIyZKsNBlp-AUrBb42kvLFCytE0-omIEOvCV1Ksk8RYAvARhoPZVUOatkLRbpblFot/s1600/P6070766.JPG"><img style="margin: 0px 0px 10px 10px; width: 320px; height: 240px; float: right; cursor: pointer;" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5626985242817900978" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi0CH3tWEh6XHu0N_-EB21grlDr-cyouKJHYTbZGwlY5v7VnK6LbVQ1rBCQxkukyLtPRI1pXNOxglDIyZKsNBlp-AUrBb42kvLFCytE0-omIEOvCV1Ksk8RYAvARhoPZVUOatkLRbpblFot/s320/P6070766.JPG" /></a>ava vontade de ficar ali com os pés de molho e a observar a bela paisagem. Mas tínhamos de nos fazer novamente ao caminho. Assim, passámos o rio, e finalmente em território português, fomos espreitar uma antiga azenha que outrora moeu muito trigo…<br />Começava agora a subida do monte. Ainda parámos na Fonte da Ribeira, que todos elogiavam por ter a água tão fresca. Durante muitos anos era aqui que o povo vinha buscar água para as suas casas, transportando-a à cabeça, ou em cântaras nos burros.<br />Realmente, em nada tiveram nossos antepassados a vida facilitada; era nisto que pensava enquanto ia subindo o monte.<br />Pensava ainda na minha avó que com uma rodilha à cabeça e em cima um alguidar cheio de roupa, fazia este mesmo percurso, para ir lavar a roupa nas águas límpidas do rio. Nunca ela imaginaria que daí a uns anos seria apenas necessário abrir uma porta, meter lá a roupa e carregar num botão, para sem esforço algum, a roupa sair de lá lavada.<br />Pela antiga estrada romana, subimos até à Caseta, onde fizemos mais uma paragem para reagrupar e retomar o fôlego. Aqui todo o nosso esforço foi premiado com um lindíssimo pôr-do-Sol, e sentimo-nos pessoas abençoadas por poder apreciar este belo espectáculo da natureza…<br />Aqui ouvimos mais umas histórias que o José tinha para contar. Este antigo posto da Guarda Fiscal, com uma visão panorâmica sobre toda a área, guarda muitas histórias…<br />Fizemo-nos novamente ao caminho, e já perto da vila podemos observar as furdas construídas em pedra e de forma cilíndrica.<br />Antes de entrar no adro da vila, reagrupámos novamente o grupo, descansámos um pouco, para que não nos vissem esbaforidos, e sob os olhares de quem por lá estava, entrámos orgulhosamente “frescos e airosos”, como se tivéssemos ido “só ali”…<br />Que grande aventura!<br />O José deu o exemplo a muitos de nós, mais jovens, pois foi operado este ano a um joelho, tendo-lhe sido colocada uma placa, que parece que lhe deu forças superiores para conseguir ir durante todo o percurso com a “pedalada” que ia.<br />“-O médico disse-me que passado um tempo poderia voltar a fazer a vida normal…” - dizia ele.<br />E já para o fim do percurso dizia sorridente: “-Tenho de dizer-lhe que a placa que me colocou, funciona na perfeição…”<br />E nós que o conseguimos acompanhar, só temos a desejar-lhe muitas mais caminhadas, e longos anos de vida para continuar a reavivar as histórias da raia, e passá-las às gerações mais novas…<br />Bem haja por tudo, José! Foi uma aventura que nunca, NUNCA esqueceremos…<br />Obrigada!</div></div></div></div></div></div></div></div><br /><div><embed style="width: 400px; height: 320px;" name="flashticker" type="application/x-shockwave-flash" align="middle" src="http://widget-59.slide.com/widgets/slideticker.swf" quality="high" scale="noscale" salign="l" wmode="transparent" flashvars="cy=bb&il=1&channel=2522015791368363865&site=widget-59.slide.com"></embed><div style="width: 400px; text-align: left;"><a href="http://www.slide.com/pivot?cy=bb&at=un&id=2522015791368363865&map=1" target="_blank"><img border="0" src="http://widget-59.slide.com/p1/2522015791368363865/bb_t028_v000_s0un_f00/images/xslide1.gif" ismap="ismap" /></a> <a href="http://www.slide.com/pivot?cy=bb&at=un&id=2522015791368363865&map=2" target="_blank"><img border="0" src="http://widget-59.slide.com/p2/2522015791368363865/bb_t028_v000_s0un_f00/images/xslide2.gif" ismap="ismap" /></a> <a href="http://www.slide.com/pivot?cy=bb&at=un&id=2522015791368363865&map=F" target="_blank"><img border="0" src="http://widget-59.slide.com/p4/2522015791368363865/bb_t028_v000_s0un_f00/images/xslide42.gif" ismap="ismap" /></a></div></div><br />Cristinahttp://www.blogger.com/profile/08320075404496060862noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-7913968268507249995.post-73109661287101292962011-06-15T10:12:00.002+02:002011-06-15T14:50:57.388+02:00O festival que fez eco...<div align="justify">Se há festival que tenha feito “eco”, este foi sem dúvida um deles, pois foi um autêntico sucesso.<br />Enquanto as cegonhas, no seu ninho, treinavam as asas, muitos jovens as admiravam cá de baixo.<br />Este fim-de-semana foi como que se Salvaterra tivesse renascido, no meio de tanta juventude.<br />No Sábado à noite juntaram-se em volta do palco, muitas mais pessoas que por altura da Páscoa. Foi uma verdadeira enchente de portugueses, espanhóis e até alguns ingleses. E quem ganhou com toda esta iniciativa, foi Salvaterra, pois muitos deles manifestaram vontade de regressar a esta vila que afinal tem tanto por descobrir, e gentes tão hospitaleiras com quem partilhar experiências e trocar conhecimentos.<br />É de louvar todo o esforço da organização da Quercus e da Velha Gaiteira, pois correu tudo muito bem.<br />É de louvar todos os voluntários, que por amor a uma causa tão bonita e necessária se dedicam a estudar e a recuperar os animais selvagens do Parque do Tejo Internacional; falo do CERAS, que na sua tenda montada junto à igreja, nos deu a conhecer como é importante o seu trabalho, e que animais têm ajudado, desde 1999, a recuperar. Animais como o grifo, a cegonha negra, a águia de Bonelli, a águia cobreira, as lontras, o abutre do Egipto, certas espécies de mochos, etc…<br />E estão, também, de parabéns, todos os jovens que aqui afluíram, pois respeitaram as regras da organização, os habitantes da vila, e principalmente a natureza e o ambiente. Não sujaram as ruas e não provocaram desacatos. Cada um até tinha a sua caneca para matar a sede de água, sumo, chá ou cerveja.<br />Eles foram os primeiros a dar o exemplo de como é importante preservar o meio ambiente, e não fazer lixo desnecessário.<br />Em tudo participavam muito animados e sedentos de tudo conhecer. Salvaterra apenas habituada a músicas de baile, conheceu este fim-de-semana outros instrumentos musicais, que produziam sons novos e estranhos, para os ouvidos “desta terra”.<br />Muitos grupos musicais cujo objectivo principal era fazer com que a “música portuguesa gostasse dela própria”…<br />Grupos que indo às raízes da música tradicional, lhes aplicaram novas sonoridades, o que faz com que interpretem e reinventem a música tradicional portuguesa.<br />E assim, Salvaterra “calou” o canto das muitas espécies de aves e ouviu com atenção os concertos dados no palco pôr-do-Sol, no palco Terra e até dentro da Igreja Matriz.<br />Foram muitos os workshops temáticos, nas áreas do ambiente, a demonstração de slides ou cinema documental. Foi um autêntico apelo para “salvar a terra”…<br />Penso que nunca Salvaterra foi tão fotografada, filmada e falada, como este fim-de-semana.<br />Só tive pena que minha câmara de filmar resolvesse avariar, e para grande desgosto meu, não me deixou filmar a grande aventura que tive, com a qual sonhava desde menina… Mas isso, é outra história, que em breve revelarei… </div><br /><embed style="WIDTH: 400px; HEIGHT: 320px" name="flashticker" type="application/x-shockwave-flash" align="middle" src="http://widget-1d.slide.com/widgets/slideticker.swf" quality="high" scale="noscale" salign="l" wmode="transparent" flashvars="cy=bb&il=1&channel=216172782134818077&site=widget-1d.slide.com"></embed> <br /><div style="TEXT-ALIGN: left; WIDTH: 400px"><a href="http://www.slide.com/pivot?cy=bb&at=un&id=216172782134818077&map=1" target="_blank"><img border="0" src="http://widget-1d.slide.com/p1/216172782134818077/bb_t028_v000_s0un_f00/images/xslide1.gif" /></a> <a href="http://www.slide.com/pivot?cy=bb&at=un&id=216172782134818077&map=2" target="_blank"><img border="0" src="http://widget-1d.slide.com/p2/216172782134818077/bb_t028_v000_s0un_f00/images/xslide2.gif" /></a> <a href="http://www.slide.com/pivot?cy=bb&at=un&id=216172782134818077&map=F" target="_blank"><img border="0" src="http://widget-1d.slide.com/p4/216172782134818077/bb_t028_v000_s0un_f00/images/xslide42.gif" /></a></div>Cristinahttp://www.blogger.com/profile/08320075404496060862noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-7913968268507249995.post-46383776020967687882011-06-04T11:52:00.008+02:002011-06-04T12:15:04.985+02:00"Salva a terra"...<div align="justify"><br /></div><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 275px; DISPLAY: block; HEIGHT: 367px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5614301827051176034" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj5xrD29yx6kfr0Lv7NzfRtRI09r8j7RtcDVOyBSYRWCDeweTbK5hZcIaC_7lB15kJtW3TCYg9ekm7cJ0pw7NbBR9uaLSa-x9F6c2IQBE5U29eBre7G9PQVaYmh5K0hrnzX03CVdMP_eaDw/s320/Salva_a_terra.jpg" /> <br /><p align="justify">No próximo fim-de-semana, Salvaterra irá ganhar vida, com a realização de um eco-festival organizado pela Quercus de Castelo Branco e pela Velha Gaiteira e com o apoio da Câmara Municipal de Idanha-a-Nova e da Junta de Freguesia de Salvaterra do Extremo.<br />Deixo-vos aqui os pormenores do que irá acontecer:<br /><br /></p><br /><p align="justify"><strong>SALVA A TERRA:</strong> Eco-Festival de Música<br /></p><strong></strong><br /><br /><p align="justify"><strong>Data:</strong> 9 a 12 de Junho de 2011 </p><strong>Local:</strong> Salvaterra do Extremo (Idanha-a-Nova)<br /><br /><br /><div align="justify"><strong>Missão:</strong> angariar fundos que permitam que os voluntários do CERAS- Centro de Estudos e Recuperação de Animais Selvagens de Castelo Branco continuem a desenvolver o seu trabalho com a eficácia e eficiência que lhes é reconhecida, e através da aquisição de mais e melhores meios para recuperar um número crescente de animais selvagens que chegam até nós a necessitar de cuidados médico-veterinários e recuperação adequada.<br /><br /><strong><em>Actividades previstas:</em></strong></div><br /><p><strong>Concertos: </strong><br />Velha Gaiteira,<br />Pé na Terra,<br />Uxu kalhus,<br />Sebastião Antunes,<br />Charanga,<br />Ninho,<br />Frankie Chavez,<br />Didgenbass,<br />Xícara,<br />Sabão Macaco.<br /><br /><strong>Dj's: </strong><br />DJ Rosmanix<br />DJ Zeek & Trasgo<br />DJ António Pire - DJ Raquel Bulha (Dj batle)<br /><br /><strong>Percursos pedestres:<br /></strong>Património construído de Salvaterra do Extremo,<br />Rota dos abutres,<br />Geologia,<br />Rota do contrabando<br /><br /><strong>Workshops ambientais:<br /></strong>Charcos com vida<br />Construção de marionetas (reutilização de materiais)<br />Fotografia de natureza<br />Biopesticidas, insecticidas e adubos caseiros<br />Fotografia Macro<br /><br /><strong>Workshops para crianças:<br /></strong>Hortas em caixotes de fruta<br />Comedouros para aves<br />Construção de casas-ninho para insectos benéficos<br />Construção de marionetas (reutilização de materiais)<br /><br /><strong>Workshops de Música/dança:<br /></strong>Danças tradicionais<br />Didgirido (construção e toque)<br />Adufes<br /><br /><strong>Conferências:<br /></strong>Condomínio da Terra- Paulo Magalhães<br />Significado: a música portuguesa se gostasse dela própria- Tiago Pereira<br /><br /><strong>Outras Actividades:<br /></strong>Passeios de bicicleta e de burro<br />Jogos Tradicionais<br />Contadores de Histórias<br />Banhos no rio<br /><br />E como em tudo, também aqui haverá regras:<br />Os cães são bem-vindos mas devem andar sempre pela trela e com açaime se necessário;<br />Não é permitido fazer fogo em nenhum local do festival;<br />Se perder ou encontrar algo, procure ou entregue nos perdidos e achados;<br />Os dias são muito quentes, por isso traga: chapéu, protector solar e beba muita água durante o dia.<br /><br />Aqui fica um <strong>horário de toda a programação: </strong><br /><br /><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 198px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5614301964555278978" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjOK15iTE73zUyznqw0GvoBjs1QA3qnpqaCZwtB7WFamqlXsrihXWjK8dLUwlBAZ15dnkjkhDqOj6DDJkt_QX55V585_yHQ0G-W8f_ud8UIpD5VYod4d95Q4MbCewu0xnKMo5Aa1Du2BBl1/s320/programa.jpg" /></p><br /><p>Para mais informações e inscrições, consultem o site:<br /><a href="https://www.facebook.com/mobileprotection#!/Salva.a.Terra?sk=info">https://www.facebook.com/mobileprotection#!/Salva.a.Terra?sk=info</a> </p><br /><p><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 279px; DISPLAY: block; HEIGHT: 207px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5614303308289193362" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjhxSSG1t-4ILbMwB79QTdawE3ibPTBczIHPHsnHFvgyI9E9jVfhPhJuTQFnDD3xLE6N_OdLunK9XFJwhfNOGgyae9OgBxz0XbTDyk1JOLnPiziToASyw22j2_8VSBNjCJhrgZkipJ_bT0M/s320/251392_230681786947547_214447078571018_1112021_1356366_n.jpg" />Apareçam vocês também, e venham conhecer esta secular vila, com tantos encantos e recantos por descobrir… </p>Cristinahttp://www.blogger.com/profile/08320075404496060862noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7913968268507249995.post-26623246763995432052011-04-26T15:15:00.008+02:002011-04-26T22:49:29.509+02:00<div align="justify">Este blog serve, não só para homenagear a vila de meus antepassados, mas também para deixar a meu filho, lembranças de momentos inesquecíveis passados, também ele aqui, na companhia dos avós.<br />Hoje ainda não dá o devido valor, a momentos que não voltam mais, mas sei que um dia, sorrirá só de os relembrar…<br />Este ano viemos para Salvaterra mais cedo, logo no dia 17. Domingo e Segunda tivemos um tempo espectacular de Primavera/Verão, mas na Terça tudo mudou, tendo chovido o tempo todo durante 4 dias, o suficiente para fazer crescer o rio.<br />Como o meu pai tinha tirado ao neto, no “Ayuntamiento de Zarza la Mayor” a devida licença para pesca, o Tiago teve esta Páscoa, a sua primeira experiência piscatória no rio Erges.<br />Assim, na margem espanhola do rio, era vê-los atarefados a preparar os anzóis e a lançar a linha… </div><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5599880470424054146" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 240px; CURSOR: hand; HEIGHT: 320px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgpfwUslGU9_aXFUKAN5KY8MslfBe25alTGACsxd1RYNys_LCLYORsX-IuTyK3uelUHMav6TKObyNSx9A_SURmtnrFbbn6-7tqmFTPNS1b1-wSMi7xJFD4ODOkVfuirrCuvazhuDulA_wPm/s320/P4150477.JPG" border="0" /> <br /><p align="justify">O isco eram as minhocas que o Tiago apanhara no quintal, sonhando voltar para casa, com peixe para o jantar…<br />O avô que nunca fora pescador, nem tinha tido qualquer experiência a este nível, tentava ensinar o neto, o melhor que sabia. Deram tantas voltas ao carreto, que a linha se enrolou toda e ficaram ali imenso tempo a desenrolá-la. Até deu tempo para eu pegar no carro e ir a Ceclavín encher o depósito.<br />Quando voltei, estava já o meu pai a ensinar ao neto, como espetar a minhoca no anzol. </p><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5599880674422840786" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 240px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgqT3XhNNle20nvQl9eAKpmWvNtU9RcSWSjJRfOjrDCir8uxBQEaQNQS9WqQ28AJ2J0Oji0Yyxd-xRdOUhZxaq6-Dfcc9cqklrTBcYESdZTK3NEVzxhkvcjknSYM6lHKDxfiNtGXSAlnF1w/s320/P4150483.JPG" border="0" /> <br /><p align="justify">Espetou a minhoca, tendo ficado parte dela a abanar, para que os peixes vissem que o animal estava vivo e era um bom petisco.<br />Ao lançar a linha, tal foi a força que fez, que esta se partiu, levando com ela a chumbada, a minhoca e o anzol… E foi vê-los a voar, quase para a outra margem do rio… Claro, foi risota geral. A seguir foi a vez do neto preparar o engodo e lançar a linha ao rio. Como que por intuição, afastámo-nos dele; mesmo assim, o anzol prendeu-se nas calças da avó que estava por perto.<br />“-Foi o vento que me trocou as voltas…”- dizia ele.<br />E o avô à gargalhada afirmava: "Olha! Olha! O Tiago pescou um tubarão..."<br />Quando por fim, lá apanharam o jeito a lançar a linha, era vê-los felizes, porque sentiam o peixe de volta do isco, e já imaginavam o bicho temperado, pronto a ser cozinhado… </p><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5599881768337671554" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 240px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEil_qTHd50cke6xNFBinTJl-uL4C98LTo8UQlf_gsNajlf7kaD2_rSk2hGB532lZj0XpvIxvwfQlU8cIz0PPKsPQZxbdSEmydfqfvU0qE0OC_-Keqkkn6hy-Mz02LEqjHLTHCOJcqIpLAiI/s320/P4150496.JPG" border="0" /> <br /><p align="justify">Só que quando puxavam a linha, vinha o anzol com a minhoca metade comida. Ah! Afinal os peixes deste rio, parece que de parvos, nada tinham.<br />Então a estratégia dos “pescadores” mudou: com muita paciência e mãos hábeis, espetaram a minhoca toda no anzol.<br />“-Agora, se a quiserem comer, hão-de ficar lá presos” – dizia o avô esperançado.<br />E o suspense de sentir o peixe de volta do isco repetiu-se. E quando enrolaram a linha, surpresa das surpresas, a minhoca desaparecera.<br />“-Mas como é que é possível?” – perguntavam-se indignados.<br />A explicação que encontraram é que a minhoca afinal sabia nadar e tinha fugido.<br />E a avó, que pacientemente tentava a sua sorte com os peixes mais pequenos, e uma rede, com os quais pensava enganá-los, só se ria. </p><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5599881047794129554" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 240px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiMX2q_-2XSlObGCPJb5ch76gzInCdKjG8eXjdnEAt-tmxpVLuClLouiOSPZAZP8tUk7t06PL0z6IlULARbip9tYjjavldENe3KDs1Klm8B9qg2jD2tz-QRtQmrYPnX7PMqi_MwVGRoeE8X/s320/P4150484.JPG" border="0" /> <br /><p align="justify">E foi assim, uma tarde deliciosa para os peixes, e uma grande desilusão para os pescadores enganados.<br />Uma tarde que acabou com o céu a escurecer, e pequenas gotas de chuva a desenharem círculos no rio.<br />Como que adivinhando que os pescadores estavam de partida, viam-se peixes a vir à tona, e agitarem a água, como que dizendo:<br />"-Venham mais vezes, adorámos o petisco!"... </p>Cristinahttp://www.blogger.com/profile/08320075404496060862noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-7913968268507249995.post-27814729109978908792011-04-15T12:31:00.003+02:002011-04-15T12:42:14.917+02:00Este ano, em Salvaterra, por falta de festeiros, não se cumprirá a tradição do bodo. <br /><div align="justify"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 240px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5595758246892071442" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhG34AlQCirrtwOUB1uQSbgqkQzwW40Lql5g_KEdYwp6nDyRIFyLfReieHeI4viyff-w7H41mY0e8J_NED592-4q1Byg5WhzHKb82PKef6T5x6bHHKAFG58U7ucw7HTuo9yXKhOv_8EuduZ/s320/P4050345.JPG" />Teremos à mesma a procissão, mas e depois? </div><br /><div align="justify">Depois, segundo alguns conterrâneos, vai cada um para suas casas almoçar com as famílias… </div><br /><div align="justify">Pois, eu proponho outra coisa: porque não irmos todos à procissão e depois cada um vai buscar o seu farnel, o qual o Sr Padre não se importará de benzer à mesma, e almoçamos no recinto do bodo, fazendo a festa à nossa maneira? Faríamos um enorme piquenique, e o mais importante: estaríamos todos juntos em pleno convívio. </div><br /><div align="justify">Para mim não significa assim tanto este convívio, pois não sou filha “directa” da terra; mas para meus pais e outras pessoas da mesma faixa etária, tem um enorme significado reverem-se e poderem conviver. É o encontrar amigos que só se vêem uma vez por ano, amigos de infância, amigos de traquinices partilhadas e vidas sofridas. É o recordar de histórias felizes ou amargas… Com certeza, N. Sra. da Consolação ficaria bem contente por ver que seus filhos continuam juntos, e não dispersos pela vila.</div><br /><div align="justify">Por isso, que se continue com a tradição é o que é preciso, ainda que um bocadinho modificada… </div><br /><div align="justify">Uma Páscoa Feliz a todos! </div>Cristinahttp://www.blogger.com/profile/08320075404496060862noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-7913968268507249995.post-45027952815175171822011-01-25T16:21:00.002+01:002011-01-25T16:25:17.317+01:00Até o "homem" vai perder o "h"...<div align="justify"> Ontem à noite, enquanto fazia os tpc’s de Português, meu filho contou-me a novidade:<br />- Sabes, mãe? A professora disse que para o ano, “homem” vai perder o “h”.<br />- O quê??? – exclamei eu, incrédula.<br />- Pois é, para o ano quem escrever “homem” com “h”, a professora vai contar como erro…<br />- Não posso crer! – exclamei eu, ainda mais incrédula…<br />- É verdade sim! – diz ele.<br />- Então podes dizer à tua professora o seguinte, mas dizes mesmo: “ olhe professora, a minha mãe mandou dizer que lá em casa, homem sem “h” NÃO ENTRA”…<br /><br />Este meu relato quase parece anedota, mas aconteceu mesmo.<br />Antes fosse anedota, era sinal que o acordo ortográfico não tinha sido inventado.<br />E isto vem mesmo a propósito da Resolução do Conselho de Ministros nº 8/2011, publicada hoje em Diário de República.<br />Como podem eles aqui defender a língua portuguesa, e aplicarem um acordo que se o Camões fosse vivo, perdia o outro olho.<br />Começam então por dizer: “A língua portuguesa é um elemento essencial do património cultural português. A protecção, a valorização e o ensino da língua portuguesa, bem como a sua defesa e promoção da difusão internacional, são tarefas fundamentais do Estado, consagradas na Constituição…”<br />(…)<br />Depois de muita “palha”, acabam por determinar que o acordo entre em vigor a partir de 1 de Janeiro de 2012, e que seja já aplicado nos manuais escolares para o ano lectivo 2011/2012.<br />E sem mais palavras me retiro, informando os prezados leitores, que neste blog, acordo ortográfico TAMBÉM NÃO ENTRA… </div><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 224px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5566144261090224850" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhaOuAOcN6_Jlngpw2Q513RO1QaX6-3WcK1WFSTsNjrRYu5f7JaewK4_qmaJmQ1VMUdzM_HvHOXmejfBj8IXSdVIb9x7HWSqaKGInA_6Pc5P0lyVwbdpqG76e0nAkH4uA-ppvcxvQHAwtff/s320/etica_congresso.jpg" />Cristinahttp://www.blogger.com/profile/08320075404496060862noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7913968268507249995.post-88270205355445873542011-01-21T11:40:00.007+01:002011-01-21T11:59:38.022+01:00Antiguidade perdida no tempo...<div align="justify">Geralmente, ninguém da minha família costuma ir a Salvaterra durante o Inverno. Só que este ano, a velhinha casa de família teve habitantes por muitas semanas. Como o frio é muito, tiveram de recorrer à pilha de lenha que há anos, se encontra guardada no curral. Ainda vem do tempo de meus avós. <img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 200px; DISPLAY: block; HEIGHT: 150px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5564590374365207410" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgn86Eo-EOf5WFOEW1TEt8w5D59eJ8wqQMFy3xmS0RGjlHLLEckVz845vAXUiC7CiiFj3-4ACKMTevJUzgT0oYFHBi1FEU5641ldI5Zh2mUkUr3wsI9R5HfYhXbbY3OO_u44EcvTpVdC7cl/s200/PC080031.JPG" /> Todos os dias a fazer uso da braseira, claro que a pilha de lenha foi diminuindo. E às tantas, no meio da lenha, aparece um estranho objecto que ninguém consegue identificar.<br /><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 150px; DISPLAY: block; HEIGHT: 200px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5564588503157453266" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgevI835sXiF5tKaBUUrXr2NmUz775WIr2L3NQsu6RVqiSMX_L0t8p_nFmC1DHvyvV52pZ84yIJjiRAWhq50etLFcBJ6mXIxT-2EzO0M_0PQJ9OHrwOnXHrjuV9dXK17JFbDpXwx5wTOGLR/s200/PC080029.JPG" />Também ele feito de madeira, bem esculpido, mas muito maltratado pelo tempo, não fazemos ideia do que seja, ou para que tenha servido. Tem duas argolas de lado, e em cima uma saliência que tem no meio um buraquinho; sinal que teve ali alguma coisa espetada, não sei…<br />Só sei que me intriga, por não saber o que é.<br />Se por acaso alguém souber, agradeço a informação.<br />Bem haja! <img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 200px; DISPLAY: block; HEIGHT: 150px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5564590985094866690" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhrpkVCoL4ii6wxRSCntGNpuQtisSaasl2OunXxQ2ZF3Xr646G-1Qdh__LdVuN4sldUcS75kxf4b2J__HiF0GrdNcwp_tOSGG1FW4QPead7K5YiyTnNnhGPHACLMLomA88wGCWQA1cmi1Wg/s200/PC080026.JPG" /><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 150px; DISPLAY: block; HEIGHT: 200px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5564591427460320754" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjtqhWYTjia-6kqaZOO6nt_LP_Sy7d3G8kg0RdmrUfgnElpdkZ4K9vHNLm3zQQRFfe4eLiTT199RI-YQ5V5fLAbIjVqYPVSN63doQK_sHEbLmmXmRcduXMVcGrLwRdEsctAS7zyohgNMEq5/s200/PC080028.JPG" /><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 150px; DISPLAY: block; HEIGHT: 200px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5564591306805779298" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEimcBiTi4NdPw5OmbckcKmmi6iz8-xJkGI1c11NkKQ98dqsAsBeIIUczrqZk2VXYSLsfTRbg61yO-LkY9xubX8bfccunvKnoWvhwVpgkp4RNGql-wkGx7T6GrgdZsJbgAi9eUY3gY3yeTak/s200/PC080027.JPG" /><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 200px; DISPLAY: block; HEIGHT: 150px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5564590760213229442" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiiheIVjjHO5rXlo1sKqs56fkJ4sAj5qlwgHR2vw7fdyhOEFdYzMR5GQhUuET-lQurTHZ5faJzBl7_JqBZAIuK3Y6GkmKzAGbuokB-maTfLsm2QFUKRfA7_AJetvovdixoKIE4GsVcHM0bv/s200/PC080025.JPG" /></div>Cristinahttp://www.blogger.com/profile/08320075404496060862noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7913968268507249995.post-16890308138349503782010-12-15T17:25:00.000+01:002010-12-17T17:34:50.529+01:00Há muitos anos que não vinha a Salvaterra no mês de Dezembro, desde que meus avós eram vivos…<br />Faz cá tanto frio, mas este fim-de-semana amenizou, e tivemos dois dias lindos.<br />Chegámos à vila na Sexta-feira já de noite, e logo à entrada fomos recebidos com as Boas Festas.<br />Ao chegar ao adro, apesar da tradição já não ser o que era, e na falta do madeiro, que costumava chegar sempre no dia 8 de Dezembro, temos também a Igreja Matriz e a capela da misericórdia iluminadas, como que prontas para a missa do galo do dia 24.<br />Ao chegar a casa esperava-nos uma braseira quentinha, e o abraço ainda mais quente de meus pais, que já não via há umas semanas.<br />Perguntei-lhes, então, pelo madeiro. A resposta foi: “nesta altura não há cá quase ninguém, e só já vão buscar o madeiro mesmo na véspera de Natal, para que passe toda a noite aceso, e possa aquecer os corações de quem ainda regressa à vila para a missa do galo”…<br />A tradição de outrora foi-se…<br />No dia seguinte acordei às 7:00h, e escusado será dizer que não voltei a adormecer.<br />Abri a janela e a neblina estendia-se pelos campos a perder de vista. Há uns anos que não via assim Salvaterra. Dizem meus pais que na semana passada o frio foi tanto, que cobriu de neve as serras à volta, tornando ainda mais bonita a paisagem. Só que a neve não aguentou até nós chegarmos, pois a chuva que veio depois, derreteu-a toda.<br />Oh, que pena não ter podido ver! - pensei eu.<br />Começa então a nascer o Sol, e ao olhar para o recinto do bodo, vejo carros a chegar.<br />Ah! Afinal ainda há gente mais madrugadora que eu: os caçadores, que pelos vistos vêm todos os fins-de-semana, para infelicidade dos animais que com eles se cruzam…<br />O Sol começa agora a nascer e começam a acordar as aves, cujos piares se misturam a meus ouvidos, não os conseguindo identificar.<br />Enquanto todos em casa ainda dormem, vou dar uma volta… O frio é muito, mas a vontade de rever Salvaterra é maior, e assim, faço-me ao caminho…<br />Os campos estão lindíssimos nesta época, se bem que os campos na Primavera também sejam bonitos, nesta altura estão mais verdes que nunca… Cheira a natureza húmida, as árvores estão quase despidas, nas oliveiras a azeitona “já está preta”, há musgo por todo o lado, e até nas fendas das rochas nascem plantas... Os cogumelos fazem agora a sua aparição... O frio é cortante, mas a alegria de andar por estes campos é maior. Lá em baixo, o rio vai cheio; tão cheio que passa por cima da ponte, interditando o trânsito…<br />Adoro os tons verdes, castanhos e dourados, com que a natureza se vestiu.<br />Lá em cima, as águias vigiam silenciosas…<br />A chuva foi tanta nos últimos dias que formou riachos por todo o lado.<br />Ah, como está linda Salvaterra…<br />Passámos dois dias em paz e sossego, e principalmente, junto de quem mais amamos…<br />Só é pena que Salvaterra esteja tão deserta; só é pena que já não haja quem faça cumprir as tradições…<br />Restam-nos as recordações de outros tempos…<br />À noite refastelámo-nos com castanhas assadas na braseira. Pensei que iam sair de lá todas queimadas, mas não… Fizemos como se fazia antigamente: dá-se uns golpes à castanha, abre-se uma covinha no meio das brasas, onde metemos a castanha, e tapamos com as cinzas. Nem sequer faz fumo e saem de lá bem assadinhas. Uma delícia…<br />A braseira aquece-nos o corpo, e o estarmos juntos, aquece-nos o coração…<br />Desejo a todos vós, que tendes paciência para me ler até ao fim, que também esta época tão especial aqueça os vossos corações, e assim os mantenha o resto do ano…<br />Boas Festas!<br /><div><embed src="http://widget-e3.slide.com/widgets/slideticker.swf" type="application/x-shockwave-flash" quality="high" scale="noscale" salign="l" wmode="transparent" flashvars="cy=bb&il=1&channel=216172782134786787&site=widget-e3.slide.com" style="width:400px;height:320px" name="flashticker" align="middle"></embed><div style="width:400px;text-align:left;"><a href="http://www.slide.com/pivot?cy=bb&at=un&id=216172782134786787&map=1" target="_blank"><img src="http://widget-e3.slide.com/p1/216172782134786787/bb_t028_v000_s0un_f00/images/xslide1.gif" border="0" ismap="ismap" /></a> <a href="http://www.slide.com/pivot?cy=bb&at=un&id=216172782134786787&map=2" target="_blank"><img src="http://widget-e3.slide.com/p2/216172782134786787/bb_t028_v000_s0un_f00/images/xslide2.gif" border="0" ismap="ismap" /></a> <a href="http://www.slide.com/pivot?cy=bb&at=un&id=216172782134786787&map=F" target="_blank"><img src="http://widget-e3.slide.com/p4/216172782134786787/bb_t028_v000_s0un_f00/images/xslide42.gif" border="0" ismap="ismap" /></a></div></div>Cristinahttp://www.blogger.com/profile/08320075404496060862noreply@blogger.com11tag:blogger.com,1999:blog-7913968268507249995.post-7053440868186547182010-11-29T16:30:00.004+01:002010-11-29T16:42:29.674+01:00Uma experiência para a vida…<div align="justify"><span style="font-size:85%;">E de repente, vi-me numa maca, a ser levada pelas auxiliares, por corredores e elevadores, até ao bloco operatório.<br />Ali me deixaram num corredor longo e imenso, com muitas portas e sempre muita gente a passar. “Agora fica aqui um bocadinho, que já vêm ter consigo”- disse-me uma das auxiliares.<br />E eu esperei. Ora deitada, ora levantando a cabeça para tudo mirar. Esperei pouco tempo. Mas esse pouco tempo, pareceu-me uma eternidade, porque os nervos iam aumentando. Ainda estava a tempo de desistir, pensei. Mas já tinha chegado até aqui, e passar o resto da vida a sofrer… Não, era melhor sofrer agora, e passar o resto da vida livre deste mal…<br />É incrível o cérebro humano: numa questão de poucos minutos, passam-nos milhões de coisas pela cabeça. O pior é que nem todas boas. Era o pessimismo e os nervos a aumentarem. Neste momento, o meu maior medo nem era o pós-operatório, mas sim este preciso momento, pois imaginava-me a ser alvo de uma troca de identidades, e a ser levada para uma sala onde me operariam a outra coisa qualquer… Não seria a primeira vez, lol… Hoje já brinco com a situação, mas naquela altura não.<br />“Olá boneca!” – oiço uma voz vinda por detrás da maca.<br />Não sei porquê, lembrei-me de meu avô, que estava sempre a chamar isso àquela que fazia parte de sua vida, e que ele cuidava como se fosse uma pessoa: a sua burrita, que tanta vez lhe foi buscar água à fonte. Foram grandes companheiros. E como a “boneca” lhe obedecia; acho até, que ela já sabia o caminho de cor para a fonte. Diz-se que os burros, apesar do nome, são animais muito inteligentes. E eu acredito que sim, pois contam-se imensas histórias de aventuras com seus donos. Meu pai costumava contar que certo senhor lá na vila, o “Ti… qualquer coisa”, que agora não me lembro o nome, geralmente andava sempre “borracho”, e quando ia buscar água, montado na burra, perdia a consciência, com certeza, e a burrinha levava-o sempre de volta a casa…<br />Hoje os burros são animais em extinção. Quem sabe se por já não precisarem dos seus serviços…<br />Mas aqui estava eu, prestes a ser operada, e a pensar em coisas incríveis…<br />“Está tudo bem?” – perguntou então a voz que me tinha chamado “boneca”…<br />Respondi que sim, mas pensei: “estava tudo bem até você chegar e começar a espetar-me uma agulha na mão para pôr o soro…”<br />“É doente do Dr Leitão, não é?” – perguntou ela.<br />Vá lá! Iriam levar-me ao Dr certo, lol.<br />Entretanto chegou o anestesista. Um senhor já de idade, que o médico me havia dito que fazia por dia uma média de 16 epidurais.<br />Fiquei mais descansada, pois devia saber o que faz. Quando me espeta então a agulha nas costas, mesmo na coluna vertebral, e começo a sentir um líquido a entrar. “Ui, isto dói imensooooooo”, e aumenta o meu sofrimento.<br />Esperámos um bocadinho que fizesse efeito, e lá vou eu para o bloco operatório. Já não sentia nada do peito para baixo. Meu Deus, que estranha sensação…<br />Confesso que imaginava uma sala de operações cheia de aparelhos por todo o lado, e tudo muito atafulhado de coisas. Pensamentos de quem nunca se viu nesta situação. Ao invés, encontrei uma sala gelada, com paredes de pedra mármore, umas luzes redondas enormes no tecto e uma bancada com instrumentos. Mais tarde uma enfermeira explicou-me que o frio evita a propagação de micróbios ou bactérias prejudiciais, e quanto menos houver numa sala, melhor, pois no fim de cada operação tudo é esterilizado. Só têm mesmo o necessário…<br />E ali estava eu… O médico sempre brincalhão, tentava animar-me. Ao todo, eram seis pessoas na sala. Eu ia ouvindo as suas conversas, enquanto o médico ia explicando aos outros, o que estava a fazer e como deviam fazer, etc…<br />Termos técnicos médicos, dos quais eu nada percebia. Assim, decidi rezar umas quantas Avé-Marias, e colocar-me totalmente sobre a protecção divina…<br />Na minha cabeça iam passando cenas da minha vida, e pensava: se sobrevivesse a isto, iria deixar-me de ocupar o tempo com coisas fúteis, pois tenho tanto ainda que fazer, e não sei o tempo que me resta. Projectos começados e inacabados, que eu ia pensando, em qual pegaria primeiro quando estivesse restabelecida.<br />Estava eu com meus pensamentos, quando fui como que acordada pelo médico, que veio à cabeceira, acenar-me com um bocado de pele roxa, que segurava com uma pinça. “Está a ver? Esta malvada não vai mais incomodá-la…” Lembro-me que fiz uma cara de repulsa, mas ainda pensei: como é que os médicos aguentam, sem vomitar, abrir-nos, ver e mexer nestas coisas?…<br />A operação durou apenas meia-hora. Pensar que em meia-hora, me livrou de 11 anos em sofrimento…<br />Médicos são anjos, com mãos divinas, aos quais só temos de agradecer quando no</span><span style="font-size:85%;">s livram de algum mal. <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjToCojkwef2v6CAunHeZHyhgUPzLPiXTvBdiWXKDb2B8b0C3Ht2B9EH7oxYuwRR22qK_EKy8uwEmjybdvStOP6Bmgtcxd5w9qFvRsQrTTlPRsdMby_M9-dv5JF3EEjwOwbC6oiwKxucI3Q/s1600/melissa-doctors.jpg"><span style="font-size:85%;"><img style="MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 190px; FLOAT: right; HEIGHT: 129px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5544995090193051250" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjToCojkwef2v6CAunHeZHyhgUPzLPiXTvBdiWXKDb2B8b0C3Ht2B9EH7oxYuwRR22qK_EKy8uwEmjybdvStOP6Bmgtcxd5w9qFvRsQrTTlPRsdMby_M9-dv5JF3EEjwOwbC6oiwKxucI3Q/s200/melissa-doctors.jpg" /></span></a><br />Saí da sala gelada; passado um bocado toda eu tremia.<br />Levaram-me de volta para o quarto.<br />Tudo parecia bem e eu sem dores. Pudera, ainda estava sob o efeito da anestesia. Apalpava as pernas e a barriga e nada sentia. Demorou imensas horas a passar o efeito. Nesse espaço de tempo, pensei muitas vezes nos paralíticos. Agora sabia o que sentiam… Só que a diferença era que a mim me passaria, e a eles não. Senti-me uma sortuda, pois há pessoas com problemas bem maiores que o meu. Conseguir andar, é um acto que fazemos com tanta naturalidade, que nem damos valor…<br />Tive um pós-operatório muito doloroso. E só pensava como é triste estar doente. Como é triste nem conseguirmos levantar-nos, nem fazer a nossa higiene diária…<br />Estar dependente dos outros, é muito triste. E o período que passei em recuperação, em que não conseguia fazer nada, serviu para começar a dar mais valor àquilo que conseguia fazer antes.<br />E hoje, sempre que posso, agradeço a Deus tudo ter-me corrido bem, e aos poucos poder recomeçar a fazer a minha vida normal. Agradeço o andar, o sentir, o tocar, o cheirar, o olhar, o ouvir… Agradeço as minhas faculdades físicas e mentais, e agradeço, principalmente, por estar viva…<br />Desejo a todos aqueles que estão doentes, uma rápida recuperação, e que tenham neste Natal, o maior presente que se pode ter: muita saúde… </span></div>Cristinahttp://www.blogger.com/profile/08320075404496060862noreply@blogger.com10tag:blogger.com,1999:blog-7913968268507249995.post-511800509096655912010-10-18T15:30:00.004+02:002010-10-18T15:37:16.481+02:00Parabéns Susana...<div align="justify">Há pessoas que conhecemos e nada nos “dizem”. Há outras que a sua aura emana tamanha simplicidade, humildade e autenticidade, que nos cativam no primeiro instante.<br />Foi o caso da Susana Falhas, que tive na Sexta-feira, o prazer de conhecer na FNAC, na apresentação do seu enorme sucesso.<br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgjSyEBq-ek1UvKRB9LNGHuC4HokOSiJv_8c2J647tfySG2eE0b2JH2MJJRQ2PjQc99V89kku8nzfhNBHpMQk00u7C77T7DlvC-TPvaFmOdYePStepW4-3TPzoODVrXRlUMVIywUbXNaT_o/s1600/capa2.jpg"><img style="MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 204px; FLOAT: right; HEIGHT: 320px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5529378774741818130" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgjSyEBq-ek1UvKRB9LNGHuC4HokOSiJv_8c2J647tfySG2eE0b2JH2MJJRQ2PjQc99V89kku8nzfhNBHpMQk00u7C77T7DlvC-TPvaFmOdYePStepW4-3TPzoODVrXRlUMVIywUbXNaT_o/s320/capa2.jpg" /></a>Se há quem mereça ser homenageada, és tu Susana. Por te teres dedicado a uma causa tão nobre e tão bonita como esta de divulgares as nossas aldeias meio esquecidas pelo tempo.<br />Deve ter-te dado um trabalho enorme toda esta jornada, mas por outro lado, um enorme prazer, pois, tal como disseste, pudeste descobrir recantos e encantos que mesmo perto, passavas ao lado e desconhecias…<br />É o que acontece a muitos de nós, sem um guia a nosso lado para nos indicar o que ver e visitar, quando vamos a um lugar desconhecido. Agora com este livro tudo mudou! Temos mapas, História, indicações, conselhos, fotos; enfim, temos tudo para já não andarmos “perdidos”. Levar este livro connosco num passeio, é levarmos um guia a quem só falta falar.<br />E ser o quarto livro mais vendido em Almada, é apenas o começo.<br />Gostei muito da história que leram, do dia que partiram à procura de um tesouro. Um dia muito bem passado, e isso é o mais importante na vida: as memórias que deixamos a nossos filhos.<br />Gostei de saber que têm já um novo projecto do livro, para crianças. E como é importante incutir na mente daqueles que serão o nosso futuro, o gosto pelas valiosas aldeias que temos. O gosto e o poderem também eles descobrir os tesouros que temos, e que muita gente não sabe dar valor.<br />Gostei também da apresentação em vídeo, ao som da bonita e tradicional guitarra portuguesa.<br />Parabéns! Tudo correu na perfeição; vocês já parecem uns autênticos profissionais.<br />Enquanto assistia, muito atento, ao vídeo e às belíssimas imagens com que nos presentearam, meu filho, a certa altura perguntou:<br />- E Salvaterra, mãe? Porque não aparece Salvaterra? Também é uma aldeia histórica…<br />- Pois é, filho – respondi eu – mas por enquanto só foram classificadas como históricas estas 12 aldeias…<br />Salvaterra merecerá um dia destaque especial num outro livro sobre as aldeias históricas, mas ao mesmo tempo não classificadas como tal. Salvaterra e tantas outras aldeias que merecem ser divulgadas.<br />Um dia, não é Susana?<br />Um dia aparecerá um guia do que descobrir em Salvaterra, as suas festas, as tradições e a riquíssima História. Se não for a Susana, é o amigo João Celorico, que andava a pesquisar para tal…<br />O leitor fica sempre impaciente à espera do livro que sairá um dia, porém, esquece-se que tudo tem o seu tempo e que isto de produzir um livro é uma grande empresa.<br />No vosso caso, todo o trabalho que tiveram está agora a ter os seus frutos, e como deve ser compensador poder colhê-los.<br />O vosso primeiro projecto foi muito bem concebido, e desejo-vos toda a sorte e êxito na realização dos próximos.<br />Adorei conhecer-te Susana. A ti, teu marido e filhote. Tens uma família linda.<br />Tudo de bom para vocês, pois merecem.<br />Beijinhos, e espero que este realmente, tenha sido o primeiro de muitos encontros… </div>Cristinahttp://www.blogger.com/profile/08320075404496060862noreply@blogger.com15tag:blogger.com,1999:blog-7913968268507249995.post-33524028013875181882010-10-15T15:03:00.003+02:002011-01-26T11:38:35.896+01:00O meu castelo preferido...<div align="justify">Acordei já tarde, sem ti a meu lado. Já tinhas saído para o trabalho.<br />(...)</div><div align="justify">Pensei: "não posso ficar aqui o dia inteiro à espera que regresse. Assim, as horas parecerão nunca mais ter fim."<br />Decidi levantar-me. Abri o postigo da janela e espreitei. Que linda paisagem. Parecia tirada de um postal. No meio do verde da natureza e de abundantes flores lilazes, avistava-se ao longe uma das muitas muralhas desse castelo medieval. Os turistas já tiravam fotos lá de cima, e eu aqui, a esta hora, ainda em pijama. Decidi juntar-me a eles, para não ficar em casa a pensar demais.<br />O tempo estava instável: tão depressa vinha a chuva, como brilhava o Sol.<br />Saí de casa. Passei primeiro pela Praça da Igreja Matriz de Santa Maria. É curioso que esta igreja já "teve" duas religiões diferentes, pois embora a tradição faça remontar a sua fundação ao período visigótico, foi transformada em mesquita no período muçulmano e novamente sagrada por D. Afonso Henriques, logo após a conquista da vila em 1148.<br />Subo as escadas junto ao Telheiro e vou dar ao pelourinho, lindamente esculpido numa coluna de pedra, que apresenta as marcas de uma argola de metal onde, provavelmente, os condenados seriam expostos para humilhação pública.<br />Contém também as Armas Reais e as armas pessoais da rainha D. Leonor de Lencastre (mulher de D. João II), onde se observa uma rede. Estas armas de D. Leonor foram, durante muito tempo, o brasão da Vila de Óbidos e representam as redes que recolheram o corpo, já sem vida, do Príncipe D. Afonso, único filho varão herdeiro de D. João II, morto por afogamento no rio Tejo, junto à cidade de Santarém.<br />O pelourinho encontra-se por cima do bonito Chafariz da Praça de Santa Maria.<br />Ou seja: por todo o lado há monumentos, arduamente esculpidos, por mãos hábeis do passado... E que belas obras de arte nos deixaram...<br />Por todo o lado turistas enchem a vila, procurando visitar todos os históricos recantos e encantos da mesma. Os vários dialectos escutados, misturam-se aos nossos ouvidos; até parece que estou na Torre de Babel, com tanta diversidade linguística espalhada pelas ruas.<br />Caminho só nesta "tua" lindíssima vila histórica, por estas pedras de calçada já lapidadas pelo tempo. Penso para comigo: ainda bem que trouxe ténis, pois deve ser mesmo a forma mais segura de andar por aqui.<br />Caíram algumas gotas de chuva, de nuvens passageiras apressadas, fazendo surgir mesmo por cima dos telhados um arco-íris colorido, que no céu desenhou um meio círculo. Não resisto a gravar este encanto para sempre, e lá vai mais uma foto.<br />Parece que tudo aqui tem magia...<br />Passo agora para fora da muralha do castelo, pelas águas cantantes e cristalinas de uma alegre cascata, onde um pato alisa suas penas com o bico, nem se importando com a minha presença.<br />Sento-me num banco e fico ali, sozinha, a olhar o horizonte que se estende por montes e vales verdejantes. Penso em ti, e se também tu estarás a pensar em mim.<br />Esta paisagem faz-me ficar melancólica, melhor será fazer-me novamente ao caminho, para não ficar aqui a pensar demais e a saudade a aumentar.<br />Passo por outra porta, e volto a entrar novamente no interior das muralhas. Ora se está fora, ora se está dentro do castelo.<br />A ancestral calçada está agora mais escorregadia que nunca.<br />No ar ficou o cheiro agradável do verde da natureza envolvente.<br />Penso na sorte imensa que tens por viver numa vila como esta, onde o encanto do passado se mistura com o presente. Nesta vila envolta por um castelo, que teimo em descobrir cada recanto, cada muralha, cada ameia... Vale bem o tributo de monumento nacional e uma das sete maravilhas de Portugal...<br />É engraçado pensar que neste castelo lindíssimo, encontrei um dia meu príncipe encantado.<br />Sinto-me quase, até eu, uma princesa, vivendo um sonho do qual não quero acordar. E só espero que meu príncipe, um dia, não vire sapo...<br />E então ao subir todas estas escadas que levam ao cimo da muralha, imagino como seria a vida no tempo da rainha D. Leonor, que chegou a residir neste castelo. Cá em cima, quase que dá vertigens olhar lá para baixo, pois há muitos caminhos estreitos, irregulares, sem protecção e onde sopra um vento forte. Com os vestidos rodados e rendados que usavam antigamente, decerto não viriam cá para cima, vou eu pensando, à medida que caminho mesmo encostada à ameia, não vá o vento levar esta "pena" pelo ar, lol... Com certeza o cimo das muralhas apenas pertencia aos vigias, sempre atentos aos inimigos...<br />Se este castelo falasse, tanto que teria para contar...<br />Ele foi originariamente edificado pelos árabes, no local que já tinha sido ocupado por lusitanos, romanos e visigodos, e no contexto da expansão do território português e reconquista cristã da Península Ibérica.<br />D. Afonso Henriques tomou este castelo por volta de 1148.<br />No reinado de D. Sancho I, foram executadas obras neste castelo, que resistiu aos ataques e se manteve fiel ao rei D. Sancho II, durante a crise que levaria à sua deposição e subida ao trono de D. Afonso III.<br />Uma particularidade deste castelo é que depois de ter sido entregue pelo rei D. Dinis, como dote, à Rainha Santa Isabel, viria a fazer parte do dote das rainhas seguintes, chegando a ser residência da rainha D. Leonor, esposa de D. João II.<br />D. Manuel I, é responsável por importantes melhoramentos no castelo e na vila, sendo dessa época a reconstrução dos Paços do Alcaide. O terramoto de 1755 causou muitos danos ao castelo, mas ainda viria a desempenhar a sua função durante as invasões francesas, contribuindo para a derrota do exército francês.<br />Este foi e continua a ser até hoje um importante e glorioso castelo, que mantém suas muralhas imponentes e nos dá tantas, e tão belas fotos...<br />Quem entre em Óbidos, parece entrar num portal do tempo da nossa História; parece entrar num local mágico que nos reporta ao passado glorioso que tivémos...<br />As suas ruas são estreitas e limpas, as casas mantêm a traça tradicional, caiadas de branco com barras ora azuis, ora amarelas e com a maior parte das varandas floridas e coloridas.<br />Muitas são as lojas dedicadas à famosa e tradicional ginjinha, que graças à influência do Festival Internacional de Chocolate, passou a ser servida em copos ou pequenas chávenas de chocolate.<br />O comércio da vila é também marcado pelas lojas de artesanato tradicional e contemporâneo, produtos regionais, bordados, mantas, doces e compotas, vinhos, entre muitos outros produtos...<br />Dizem que por altura do Festival medieval ("dizem" porque eu nunca cá vim nessa altura), Óbidos ganha ainda mais beleza e alegria, pois vivem-se ilustrações vivas do modo de viver no Passado.<br />Este é sem dúvida um lugar especial: Óbidos. Especial como vila, mas para mim, principalmente, especial porque vives cá.<br />Começa a cair a noite e nem dei pelo passar do tempo, pois por aqui vagueei sem destino, e me "perdi" com gosto.<br />Começo a sentir-me só na multidão de turistas e residentes. Meus olhos procuram-te na multidão, mesmo sabendo que estás a trabalhar. Deve ser da vontade enorme que tenho em estar contigo. Começo a sentir um vazio. Falta-me algo... Faltas-me tu. A minha companhia, o meu amor, a minha vida... Mas alegro-me ao saber que logo, logo, voltarás para mim e de novo, mas agora juntos, nestas muralhas nos "perderemos"...<br />Cristina R.<br /></div><div align="justify">Nota: esta é a minha contribuição para o passatempo do blogue http//aldeiadaminhavida.blogspot.com, sobre "o meu castelo preferido"...</div><div align="justify">Aconselho-vos a visitarem este blogue, e a descobrir quantos castelos maravilhosos temos por este país espalhados...</div><div align="justify">O castelo de Óbidos é sem dúvida o meu castelo preferido. Seria impossível falar do castelo, e não falar da vila que dentro dele nasceu... </div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><br /><embed style="WIDTH: 400px; HEIGHT: 320px" name="flashticker" type="application/x-shockwave-flash" align="middle" src="http://widget-c2.slide.com/widgets/slideticker.swf" flashvars="cy=bb&il=1&channel=216172782134767554&site=widget-c2.slide.com" wmode="transparent" salign="l" scale="noscale" quality="high"></embed> <div style="TEXT-ALIGN: left; WIDTH: 400px"><a href="http://www.slide.com/pivot?cy=bb&at=un&id=216172782134767554&map=1" target="_blank"><img border="0" src="http://widget-c2.slide.com/p1/216172782134767554/bb_t028_v000_s0un_f00/images/xslide1.gif" /></a> <a href="http://www.slide.com/pivot?cy=bb&at=un&id=216172782134767554&map=2" target="_blank"><img border="0" src="http://widget-c2.slide.com/p2/216172782134767554/bb_t028_v000_s0un_f00/images/xslide2.gif" /></a> <a href="http://www.slide.com/pivot?cy=bb&at=un&id=216172782134767554&map=F" target="_blank"><img border="0" src="http://widget-c2.slide.com/p4/216172782134767554/bb_t028_v000_s0un_f00/images/xslide42.gif" /></a></div>Cristinahttp://www.blogger.com/profile/08320075404496060862noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-7913968268507249995.post-19166059959421555062010-08-10T15:13:00.004+02:002010-08-17T16:56:47.690+02:00“Chegou ao seu destino…” Parte III<div align="justify">Já com as malas feitas, fomos a Ceclavin, pois o gasóleo de “nuestros hermanos” é bem mais em conta. Nota-se logo a diferença das estradas quando se passa a fronteira.<br />Seguimos então para o Ladoeiro, onde decorria o último dia do festival da melancia.<br />Exposição e venda de melancias, doces de melancia, gelado de melancia, sumos naturais de melancia, caipirinha de melancia; é a verdadeira festa da melancia...<br />Organizado pela Câmara Municipal de Idanha-a-Nova, o festival da melancia destina-se a promover um dos melhores produtos agrícolas da região.<br />Os agricultores da região dizem que não há melancia como a do Ladoeiro, cujo segredo do sucesso assenta “na boa terra, boa água e estrume”.<br />A sementeira começa em Abril e a chegada da festa de S. João é sinal de que está pronta a consumir.<br />Nas bancas havia duas variedades de doce de melancia: uma de cor vermelha e outra de cor branca, que despertava mais curiosidade. A de cor vermelha é confeccionada com a polpa, sendo um doce tradicional, com açúcar e pau de canela. A de cor branca é feita da parte branca da casca, e leva mais condimentos porque não tem doce.<br />A caipirinha de melancia é feita com o sumo, vodka, limão e açúcar amarelo.<br />O gelado de melancia era vendido em duas variantes: uma com miolo de melancia triturada e outra com adição de leite condensado e ripas de chocolate.<br />Para além de melancias havia outros expositores com produtos tradicionais e regionais, desde o mel, aos queijos e enchidos, os adufes, as bonecas feitas de pano, os têxteis, etc… Tudo confeccionado pelas mãos hábeis dos artesãos locais…<br />Tudo isto animado por espectáculos de música e jogos tradicionais.<br />O Tiago teve oportunidade de assistir ao vivo, ao seu primeiro leilão: “quem dá mais, quem dá mais por este belo leitãozinho?” Entre alguns grunhidos, alguém o levou por €60,00.<br />“E estes 3 casais de marrecos, acabadinhos de vir de lua-de-mel, quem dá mais, quem dá mais?” Também se venderam por €55,00.<br />O início do concurso das melancias esculpidas estava marcado para as 18 horas. Ainda esperámos muito tempo, mas como fazia tanto calor, adiaram a exposição para as 19:30h e mantiveram as melancias bem guardadas em arcas frigoríficas.<br />Como a essa hora já se fazia muito tarde para nós, que ainda tínhamos de percorrer tantos kms até Lisboa, com muita pena, metemo-nos ao caminho, com a esperança de quem sabe para o ano?<br />Pelo que acabámos por não saber qual foi a melancia mais pesada e que escultura ganhou…Mas para o ano haverá mais, se Deus quiser… </div><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 226px; DISPLAY: block; HEIGHT: 320px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5505995891927359474" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjyW8J871XZNWxmhWZeRZqh6IzbRA1s9CrnJPzp_k1ukYPR8UEKsIzo05dNIva2Y6rgTW5lDrqrxhNuw4Bvp3Oxvz81DBqKbrwKu6Gh2T0RBaz8DSDXilaHTbU2kjphyhSieRcS4PGfik0T/s320/melancia4.jpg" /><br /><div align="center"><embed style="WIDTH: 400px; HEIGHT: 320px" name="flashticker" type="application/x-shockwave-flash" align="middle" src="http://widget-b5.slide.com/widgets/slideticker.swf" flashvars="cy=bb&il=1&channel=216172782134737333&site=widget-b5.slide.com" wmode="transparent" salign="l" scale="noscale" quality="high"></embed></div><br /><div style="TEXT-ALIGN: left; WIDTH: 400px"><a href="http://www.slide.com/pivot?cy=bb&at=un&id=216172782134737333&map=1" target="_blank"><img border="0" src="http://widget-b5.slide.com/p1/216172782134737333/bb_t028_v000_s0un_f00/images/xslide1.gif" /></a> <a href="http://www.slide.com/pivot?cy=bb&at=un&id=216172782134737333&map=2" target="_blank"><img border="0" src="http://widget-b5.slide.com/p2/216172782134737333/bb_t028_v000_s0un_f00/images/xslide2.gif" /></a> <a href="http://www.slide.com/pivot?cy=bb&at=un&id=216172782134737333&map=F" target="_blank"><img border="0" src="http://widget-b5.slide.com/p4/216172782134737333/bb_t028_v000_s0un_f00/images/xslide42.gif" /></a></div>Cristinahttp://www.blogger.com/profile/08320075404496060862noreply@blogger.com3