quinta-feira, 12 de junho de 2008

Um pouco do que podes ver...

Durante séculos, a aldeia de Salvaterra do Extremo foi uma vigilante atenta da Raia, em despique diário e directo com a fortaleza espanhola vizinha de Peña Fiel.

Foi também centro de "grandes senhores da terra". Aos poucos perdeu vitalidade, mas permanecem imensos factos e valores que justificam uma visita.

Logo à entrada de Salvaterra do Extremo fica a Capela da Nossa Senhora da Consolação (que terá livrado o povo de uma praga de gafanhotos).

Em sua honra, todos os anos se realiza o Bodo, grandiosa festa que põe à disposição dos visitantes um abundante repasto (no segundo Domingo após a Páscoa).

Bem perto, atente-se no Aqueduto, com um grande chafariz (encimado pelas armas da coroa real) e uma cisterna.

Já na povoação, repare-se na bem conservada Casa da Câmara e na sua Torre Sineira (de onde se avistam largos horizontes); na Igreja Matriz (com o seu altar de talha dourada); as ruas típicas, onde as casas senhoriais alternam com casas modestas de portas de postigo; e na Casa do Sardão. Nos dias ensolarados podem ver-se mulheres a trabalhar nas rendas locais tradicionais (de duas e cinco agulhas).


Nas proximidades do aglomerado, na direcção do rio, vale a pena ver: as ruínas da Capela de S. Pedro; a fantástica Calçada Romana que, através de um aprazível percurso por entre muros e olivais nos leva até à praia fluvial e às azenhas do Erges; as furdas, tradicionais pocilgas construídas em pedra, de forma cilíndrica (como as que existem junto à Calçada Romana).


Finalmente, sugira-se uma visita às gargantas do rio Erges, entre Salvaterra do Extremo e o castelo espanhol de Peña Fiel, com fragas admiráveis como as da Fonte de Ribeira, do Salto da Amendoeira, do Saltinho, do Lajoeiro e do Salto Grande (sobretudo esta última que é um verdadeiro mirante). É o domínio das águias-reais e de outras aves de rapina que, lá do alto, espreitam as brincadeiras das lontras no rio.

Outrora, foi também domínio de contrabandistas e destemidos aventureiros, cuja memória e histórias vale a pena recordar nas memórias ainda vivas dos poucos habitantes que restam actualmente nesta vila...

1 comentário:

Anónimo disse...

Continua..
Está a ficar giro o blog. É isso que Portugal precisa: que as suas gentes valorizem as suas aldeias...
Vê se um dia falas de Vale de Frades.
Tambem tenho de fazer publicidade à minha terra, certo? lol